<br><br><div align="center"><!-- Revive Adserver Asynchronous JS Tag - Generated with Revive Adserver v5.5.0 -->
<ins data-revive-zoneid="25" data-revive-id="6815d0835407c893664ca86cfa7b90d8"></ins>
<script async src="//com.multipublicacoes.pt/ads/www/delivery/asyncjs.php"></script></div>
Partilhar

Grávida no verão escaldante de 2025? Nutricionista alerta para risco acrescido de desidratação

8 Julho 2025
Forever Young

Temperaturas acima dos 45 °C estão a tornar este verão particularmente desafiante. Para as grávidas, o impacto pode ser mais grave do que se imagina.

Com o verão de 2025 a registar temperaturas recorde em Portugal e em grande parte da Europa, com os termómetros a ultrapassarem os 46 °C , o alerta para os efeitos do calor intenso torna-se ainda mais urgente. Entre os grupos mais vulneráveis estão as mulheres grávidas, cujo organismo já atravessa alterações fisiológicas complexas e exigentes.

“Durante a gravidez há alterações significativas no funcionamento do corpo, que aumentam as necessidades hídricas da mulher. Em dias de calor extremo, esses cuidados devem ser redobrados”, afirma Virgínia Marques, nutricionista especializada em fertilidade e gravidez, em declarações ao Lifestyle Ao Minuto.

A água representa uma parte essencial da composição corporal humana. No caso das grávidas, a sua importância é ampliada por múltiplos motivos clínicos e fisiológicos.

“A grávida tem um aumento no volume de sangue que pode rondar os 40% a 50%, o que exige mais água para manter uma boa circulação e garantir o transporte eficiente de oxigénio e nutrientes para a placenta”, explica a nutricionista, à mesma fonte.

Além disso, a água é vital para a formação e manutenção do líquido amniótico, que envolve e protege o bebé durante toda a gestação.

As alterações hormonais e metabólicas típicas da gravidez, como o aumento da atividade renal e da temperatura corporal, também contribuem para um maior risco de perda de líquidos, sobretudo em contexto de temperaturas elevadas.

Consequências da desidratação: não são apenas desconfortos passageiros

Apesar de muitos sintomas parecerem banais, como fadiga, dor de cabeça ou prisão de ventre, a desidratação numa grávida pode ter efeitos clínicos sérios.

Segundo Virgínia Marques, “em situações mais graves, a desidratação pode reduzir a quantidade de líquido amniótico e aumentar o risco de parto prematuro, especialmente no terceiro trimestre”.

Outros sintomas de alerta incluem tonturas, boca seca, urina escura, sensação de desorientação e irritabilidade.

O que deve uma grávida fazer para manter-se bem hidratada?

A recomendação geral é o consumo de 2 a 2,5 litros de água por dia. No entanto, em dias de calor extremo ou com prática de exercício físico leve, esse valor deve ser ajustado em conformidade.

“A sede não é um bom indicador: quando sentimos sede, já estamos ligeiramente desidratadas”, alerta a nutricionista.

Manter uma garrafa de água sempre por perto, usar aplicações móveis para lembrar a ingestão regular de líquidos, e preferir pequenos goles ao longo do dia são algumas das estratégias sugeridas.

A hidratação também pode (e deve) vir dos alimentos: frutas e vegetais ricos em água, como melancia, melão, pepino, tomate ou laranja, são aliados naturais num verão como este.

Num contexto de emergência climática e fenómenos meteorológicos extremos cada vez mais frequentes, é essencial que as autoridades de saúde e os cuidadores estejam atentos às necessidades especiais das grávidas durante os meses mais quentes.

“É importante criar ambientes frescos, promover pausas regulares, evitar a exposição solar direta e garantir acesso fácil a água potável. Não é apenas conforto: é saúde materna e fetal que está em causa”, conclui Virgínia Marques.