Quem cresceu nas décadas de 80 e 90 lembra-se bem de uma série de snacks e refrigerantes que, entretanto, desapareceram das prateleiras. Mais do que simples produtos, eram símbolos de uma época em que os sabores, as embalagens e até os anúncios de televisão ajudavam a criar momentos inesquecíveis. Hoje, ao recordá-los, despertamos uma nostalgia que mistura infância, juventude e a sensação de um tempo mais simples.
Clássicos que desapareceram
Ao longo dos anos, muitos produtos foram descontinuados ou alterados. Alguns ficaram apenas na memória coletiva, graças a recordações partilhadas em conversas, fóruns e redes sociais:
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Super Maxi de morango — O gelado de pauzinho que se tornou um verdadeiro símbolo dos verões passados. O sabor doce e fresco fazia parte das idas à praia ou das paragens na mercearia do bairro.
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Bolachas Triunfo recheadas — Conhecidas pelas embalagens coloridas e pelo recheio generoso, eram presença constante nas lancheiras da escola.
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Sumol de ananás original — Com uma receita mais doce e marcante do que a versão atual, este refrigerante era sinónimo de festas de aniversário e convívios familiares.
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Gelado Fizz — Famoso não só pelo sabor, mas também pelo pau de pastilha elástica que vinha no fim, tornando-se uma dupla surpresa para os mais novos.
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Rebuçados Dr. Bayard — Criados para aliviar tosses e constipações, eram também consumidos como guloseima. Apesar de ainda existirem, tornaram-se cada vez mais difíceis de encontrar em bancas e cafés.
O impacto destes sabores na geração de 80 e 90
Mais do que matar a fome ou a sede, estes snacks e refrigerantes estavam ligados a experiências e rituais. Comer um gelado depois da escola, partilhar um pacote de bolachas no recreio ou beber um refrigerante gelado nas férias de verão eram momentos que uniam amigos e família.
O marketing desempenhava também um papel fundamental: anúncios coloridos na televisão, slogans fáceis de memorizar e mascotes que se tornavam parte da cultura popular ajudavam a gravar estes produtos na memória coletiva.
Porque ficaram na memória
Os sabores da infância têm um poder especial: funcionam como cápsulas do tempo. Ao recordarmos um rebuçado ou um refrigerante, não pensamos apenas no gosto, mas em todo o ambiente que os envolvia — a escola, os amigos, as férias, os primeiros passeios sem os pais.
Por isso, lembrar os snacks e refrigerantes das décadas de 80 e 90 é muito mais do que uma viagem gastronómica. É revisitar histórias pessoais, perceber como até os sabores podem ser parte da identidade de uma geração e reconhecer que, mesmo que muitos produtos já não existam, continuam vivos na memória de quem os provou.