Vai de férias ou precisa de se ausentar durante um determinado período? O local onde vai ficar instalado não tem wi-fi ou disponibiliza uma solução insuficiente para o uso que pretende fazer (estar em teletrabalho, por exemplo, ou ir para outra zona do País trabalhar ou estudar durante uns meses)? Os operadores de telecomunicações não são propriamente generosos nas ofertas de internet móvel temporária, sem fidelização, mas há algumas opções por onde escolher. Veja os avisados conselhos da DECO PROteste.
#1 – TARIFÁRIO PRÉ-PAGO DE INTERNET MÓVEL OU USAR TELEMÓVEL COMO HOTSPOT
A solução mais tradicional é optar por um tarifário pré-pago para net móvel. Esta opção permite que vários dispositivos (telemóveis, computadores, tablets) possam estar ligados à internet, sendo apenas necessário fazer carregamentos. Não há contratos de fidelização. O consumidor adquire o cartão de net móvel, coloca-o num router/hotspot/pen e o sinal espalha-se com maior ou menor sucesso, consoante a qualidade da rede no local. Também pode ser usado num tablet com ligação móvel ou num PC com entrada para cartões SIM de dados.
A aplicação QualRede ajuda-o a perceber se a qualidade e a velocidade da internet contratada correspondem ao publicitado e faz uma comparação com outros operadores na mesma zona. Pode ser descarregada gratuitamente através da página de aplicações da DECO PROteste, na Play Store, para um aparelho Android, ou na Apple Store, para quem usa o sistema iOS.
É importante estar atento, pois alguns planos de net móvel para computador ou tablet não permitem a utilização de roaming.
Para poder usufruir da internet à vontade, o ideal é optar por um tarifário com tráfego ilimitado (sendo certo que há sempre a indicação de que o operador pode adotar medidas de restrição de forma a evitar que se esgote a capacidade da rede). Há opções de net móvel, com todo o tráfego incluído, para períodos curtos, por 15 euros por 15 dias ou 35 euros por 35 dias na NOS (Kanguru Livre XL), Vodafone (Go Total) ou Meo (Enjoy). Os preços são semelhantes nos três operadores, com opções de carregamento um pouco menores ou maiores, em média de 1 euro por dia. Na NOS, ainda há uma opção de ter um hotspot 4G incluído, por 49,90 euros para 15 dias.
Usando o telemóvel como hotspot, solução que implica partilha de internet, convém ter um tarifário com um plafond de dados robusto. Deverá ter um plano com, pelo menos, 20 GB ou 30 GB.
Se optar por tarifário ilimitado 5G no telemóvel de uso pessoal, para uma utilização mais despreocupada durante todo o ano, o custo mensal é, naturalmente, mais elevado e já será necessário um contrato pós-pago (desde 39,99 euros, com velocidade limitada até 10 Mbps (Meo), e 44,99 euros (NOS), com velocidade ilimitada, com o mínimo de 24 meses de fidelização). Um tarifário de telemóvel ilimitado contratado fora dos pacotes de TV, e sem fidelização, pode exigir taxas de ativação maiores do que o comum.
#2 – ADICIONAR CARTÃO DE INTERNET MÓVEL AO PACOTE DE SERVIÇOS FIXOS
Se for cliente de um operador com um pacote com três ou quatro serviços (3P ou 4P), pode acrescentar um cartão de internet móvel a partir de 11 euros, normalmente com a mesma quantidade de dados móveis do plano atual, no caso dos clientes 4P. O valor aumenta conforme a quantidade de dados móveis que se acrescenta, mas neste caso podem ser negociadas condições especiais com o operador. Há também opções sem limite de tráfego na NOS e na Vodafone, que custam a partir de 30 euros adicionais por mês.
Estes cartões podem ser colocados num hotspot (que dá acesso à internet a terceiros ou ao próprio num PC pessoal, por exemplo), num router ou numa pen. Também é possível colocá-los num telemóvel que permita cartões SIM ou Micro-SIM e usar o aparelho como hotspot num tablet 3G, 4G ou 5G, ou num PC que permita a leitura do cartão SIM.
A MEO garante que tal não implica uma fidelização adicional, mas, após uma consulta à página do operador, não é claro se o consumidor pode desistir deste cartão de net móvel adicional ao fim de um mês, por exemplo. Antes de aderir, confirme se pode desistir do cartão a qualquer altura.
De acordo com o apoio ao cliente da NOS e da Vodafone, não é possível juntar um cartão adicional de internet móvel sem criar um novo pacote e aceitar uma nova fidelização de 24 meses.
#3 – CONTRATO DE INTERNET FIXA SEM FIDELIZAÇÃO
Esta solução não será a melhor para quem vai de férias, ou seja, para quem se ausenta de casa durante um período relativamente curto. Isto, porque implica fazer um contrato e pagar elevados custos de instalação e de ativação (cerca de 120 euros na LigaT, 250 euros na NOWO, 300 euros na Vodafone e cerca de 350 euros na MEO e na NOS) e mensalidades bem acima da média (geralmente, entre 20 e 30 euros mais caras em relação à opção com fidelização de 24 meses). A exceção está na LigaT, que não tem a fidelização de 24 meses e oferece a taxa de instalação, mas ainda está numa zona de cobertura pequena.
Para quem se ausente durante fases mais longas e tenha esgotado outras hipóteses, esta opção sai cara. É útil, por exemplo, para quem vai estar em teletrabalho fora da habitação principal ou arrendar uma casa durante um período indeterminado, mas que se prevê inferior aos dois anos de fidelização normalmente exigidos pelos contratos para conseguir preços mais baixos. Nestes casos, ficar fidelizado a um plano não é o ideal.
A LigaT oferece ainda um tarifário onde é possível pagar apenas pelos dias onde utiliza a internet fixa fibra, por cerca de 1 euro por dia, mas, nesse caso, só compensa caso o seu destino de férias seja o mesmo recorrentemente.
A DECO PROteste dá uma ajuda: no comparador de preços de telecomunicações, é possível simular períodos de fidelização diferentes dos 24 meses que, normalmente, são oferecidos. Caso queira simular planos sem nenhuma fidelização ou com 6 e 12 meses, aceda ao serviço.