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“A Verdade Sobre o Facebook” denuncia a plataforma por divulgar informações falsas, incentivar extermismos e ódios raciais

17 Abril 2024
Sandra M. Pinto

‘A Verdade sobre o FB’ é um curso intensivo sobre a forma como funcionam realmente os algoritmos de sugestão de contéudos e ao funcionamento interno do Meta/Facebook” Vanity Fair

A Casa das Letras edita na próxima terça-feira, 23 de abril, “A Verdade sobre o Facebook”, da norte-americna Frances Haugen. a ex-funcionária da rede social de Mark Zuckerg que, em 2021, divulgou dezenas de milhares de documentos à imprensa, depôs perante o congresso norte-americano e falou à comunicação social.

Foi saudada por Joe Biden no discurso do Estado da Nação por ter revelado que o Facebook alterava o seu algoritmo para recompensar o extremismo e recusava corrigir a falha. Mesmo sabendo que os "A Verdade Sobre o Facebook" denuncia a plataforma por divulgar informações falsas, incentivar extermismos e ódios raciaisseus utilizadores estavam a usar a plataforma para fomentar a violência, espalhar falsidades e dimunuir a autoestima das mulheres.

Mas. quem é, afinal, Frances Haugen e porque decidiu chegar-se à frente no caso que ficou mundialmente conhecido como Facebook Files? É isso que a engenheira norte-americana de 40 anos faz nesta autobiografia onde explica porque decidiu tornar-se delatora.

Filha de dois professores que lhe incutiram um forte sentido de orgulho na democracia e de responsabilidade pela participação cívica, teve uma infância isoloada em Iowa City, passando depois por uma universidade pouco revelante: licenciou-se em Engenharia Electrotécnica e de Computadores pela Olin College. Depois de concluir um MBA na Universidade de Harvard é, em 2019, recrutada pelo Facebook para ser a gestora de produto da equipa Civic Misinformation, que lidava com questões relacionadas com a democracia e a desinformação, e, mais tarde, trabalhou também em contraespionagem.

Durante o seu tempo no FB, ficou espantada e assustada com as escolhas que a empresa norte-americana fazia, dando prioridade aos seus próprios lucros em detrimento da segurança pública e pondo em causa a vida de muitas pessoas.

Como último recurso e correndo um grande risco pessoal, tomou a coragem de denunciar o FB a um jornalista do “The Wall Street Journal”, e, posteriormente, à Comissão de Valores Mobiliários norte-americana, no que ficou conhecido como o caso “The Facebook Files”, por serem literalmente milhares de páginas de documentos incriminitários que entregou ao jornal. Actualmente Frances Haugen é uma activista pela responsabilização e transparência nas redes sociais.