Segundo o mais recente estudo do Grupo Adecco, Global Workforce of The Future Report 2022, as empresas devem estar mais do que nunca do lado dos seus colaboradores, especialmente perante a crescente incerteza económica, apoiando-os no que toca às preocupações financeiras e ao seu bem-estar, evitando a saída de talento.
Esta terceira edição do estudo global do Grupo Adecco, que inquiriu 34 200 profissionais de 25 países*, é o maior, mais completo e transversal estudo promovido pelo Grupo.
Segundo Denis Machuel, CEO global do Grupo Adecco, as empresas devem “reavaliar o compromisso com as suas pessoas e não se focarem apenas no aumento salarial, que continua a ser a ferramenta principal de atração de profissionais, mas por si só, insuficiente para reter talento. Esta é uma forma de evitarem a tentação de demissão por parte dos colaboradores – fenómeno que está a massificar-se a nível global”. Ao irem de encontro às expetativas dos colaboradores, as empresas devem repensar o seu posicionamento no que diz respeito à flexibilidade, pois poderá ser um fator decisivo para quem está a ponderar sair ou ficar.
Denis Machuel refere ainda que para enfrentar este problema as empresas “devem apostar em estratégias de retenção como a sua principal prioridade, assegurando que os gestores tenham conversas sobre a progressão profissional com os membros das suas equipas”. Para o CEO do Grupo Adecco, nunca é demais reforçar a importância de investir na força de trabalho de uma empresa e proporcionar oportunidades de aprendizagem ao longo da carreira: “A requalificação e a atualização de competências são fundamentais se quisermos reforçar a ligação entre líderes e os seus colaboradores no novo mundo do trabalho”.
Aumento do custo de vida leva trabalhadores a aceitarem trabalho extra
Ainda a viver sob um clima de pandemia, um conflito de guerra e uma recessão iminente, o estudo revela que 3 em cada 5 (61%) trabalhadores estão preocupados que o seu salário não seja suficiente para fazer face às atuais taxas de inflação e ao aumento significativo do custo de vida. Isto leva naturalmente a uma procura por diferentes fontes de rendimento, mais incidente na geração Millennial.
*Foram inquiridos 34.000 profissionais de 25 países, empregados pelo mesmo empregador durante pelo menos 2 meses, que responderam a um inquérito online com a duração de 20 minutos.
25 países incluem: Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Itália, Japão, México, Países Baixos, Noruega, Polónia, Roménia, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido e EUA