A pergunta foi o mote para uma análise do Portal da Queixa por ocasião do Dia Internacional da Mulher. Segundo os dados aferidos, no ano passado, as consumidoras portuguesas apresentaram na plataforma 71.316 reclamações dirigidas a várias marcas. Um aumento de 10% face ao ano 2021, ou seja, queixaram-se mais em 2022.
No que se refere aos motivos das reclamações assinadas no feminino, a análise revela que as dez principais queixas denunciam: o mau serviço prestado pela marca (22%); atrasos de entrega (15%); outros (15%); burla (12%); problemas no apoio ao cliente (7%); enganos (7%); atendimento (5%); condições contratuais (4%); produto com defeito (4%); falha na assistência técnica (3%); más condições de entrega (3%); valores da venda (1%) e garantia do artigo (1%).
Marcas na mira das reclamações
Relativamente aos alvos das reclamações registadas, a análise indica que são dirigidas sobretudo a marcas relacionadas com setores de atividade como: Correio, Transporte e Logística; Comunicações, TV e Media; Operadoras de TV, Net e Telefone; Compras, Moda e Joalharia; Hiper e Supermercados; Saúde e Serviços e Administração Pública.
No TOP 20 das marcas mais reclamadas pelas consumidoras estão: CTT (a absorver 8% das queixas), MEO (6%), IMT (6%), GLS (5%), NOS (4%), Worten (4%), TulsiCosmetics Profissional (4%), CTT Expresso (3%), Vodafone (3%), Continente (3%), DPD (3%), IVAucher (2%), eDreams (2%), Segurança Social (2%); PT Electrónica (2%), Correos Express Portugal (2%), Serviço Nacional de Saúde (2%), Uber Eats (2%), EDP Comercial (2%) e E-Redes com 2% das reclamações.
Sobre o perfil da consumidora que mais reclamações regista no Portal da Queixa, os dados apuraram que são predominantemente mulheres na faixa etária entre os 25-34 anos que mais reclamam (30% do total de queixas), seguem-se as mulheres com idades compreendidas entre 35-44 anos, responsáveis por 27% das reclamações registadas em 2022. A mulheres com mais de 65 anos, são as que menos reclamam, com uma fatia de 3% das queixas.
A maior parte das consumidoras que reporta más experiências de consumo na plataforma são residentes dos distritos de Lisboa, de onde chegaram 37% das reclamações, seguindo-se o distrito do Porto, a acolher 19% das queixosas e o distrito de Setúbal com 13%. O distrito com menos consumidoras a registar queixas é Viseu, com apenas 2%.