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Agência Europeia do Ambiente alerta para perigo de composto usado nos plásticos para os tornar mais duros

Empty carbonated drink bottles. Plastic waste
14 Setembro 2023
Forever Young

Está por exemplo em recipientes para comida, garrafas de plástico ou latas de conserva, e mesmo em brinquedos.

A Agência Europeia do Ambiente (AEA) alertou hoje para a alta exposição dos europeus à substancia química sintética bisfenol A (BPA), que pode colocar em risco a saúde de milhões de pessoas, avança a Lusa.

Com base em dados recolhidos num estudo de biomonitorização humana em 11 países, Portugal incluído, a AEA divulgou uma nota na qual afirma que a exposição da população ao BPA “está muito acima dos níveis aceitáveis de segurança para a saúde”.

O BPA é um composto usado nos plásticos (para os tornar mais duros) e está por exemplo em recipientes para comida, garrafas de plástico ou latas de conserva, e mesmo em brinquedos.

Os dados do estudo indicam que os níveis excederam os limiares (exceto na Suíça) em 71% em vários países, e em países como Portugal, França e Luxemburgo excederam em 100% dos casos.

Mas a AEA salienta que os valores comunicados foram os valores mínimos, pelo que é provável que todos os países apresentem taxas de ultrapassagem de 100% dos níveis de exposição acima dos limiares de segurança.

Na nota hoje divulgada a diretora executiva da AEA, Leena Ylä-Mononen, salienta que o estudo mostrou que o BPA representa um risco mais generalizado para a saúde do que se pensava.

“Temos de levar a sério os resultados desta investigação e tomar mais medidas a nível da União Europeia (UE) para limitar a exposição a substâncias químicas que representam um risco para a saúde dos europeus”, afirmou.

A AEA nota que a exposição ao BPA é sobretudo através da alimentação, por o produto estar em embalagens para alimentos e bebidas.

Em abril, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) reavaliou os riscos para a saúde resultantes da exposição ao BPA, concluindo que pode prejudicar o sistema imunitário humano, além dos já conhecidos efeitos nocivos como a desregulação endócrina, a redução da fertilidade e as reações alérgicas cutâneas.

Os dados agora divulgados apoiam a conclusão da EFSA e mostram que a exposição continua a ser demasiado elevada, apesar de medidas introduzidas desde 2015.

Em alguns países, como a França, o BPA é atualmente proibido em recipientes de alimentos. A UE e os Estados Unidos restringiram a sua utilização e estão a considerar restrições mais drásticas, embora estas ainda não tenham sido implementadas.

Em junho passado a AEA já tinha salientado a presença de bisfenol A no organismo de mais de 90% dos participantes de um estudo, alertando para a continua produção e consumo na Europa de “grandes quantidades de produtos químicos”.

Em abril passado organizações ambientalistas alertavam para a proliferação de produtos químicos nocivos para a saúde, alguns até em fraldas para bebés, um ano depois de a Comissão Europeia ter anunciado a proibição de milhares de substancias tóxicas.

Em abril de 2022 a Comissão publicou um roteiro de restrições, para servir de base a uma lista de substâncias químicas a serem proibidas.

Entre outras restrições estavam por exemplo os retardadores de chama, frequentemente ligados a cancro, ou os bisfenóis. Mas este ano os ambientalistas consideraram que o plano falhou e que os produtos químicos nocivos para a saúde continuam “a ser usados sem restrições”.

Em relação aos bisfenóis, apenas cinco de 148, segundo os ambientalistas, estão definidos para serem restringidos. E alertou que a maioria dos usos controversos do bisfenol A é para continuar.