Um simples exame de sangue pode ajudar o médico a predizer o risco de agravamento do distúrbio em doentes já acometidos pela forma leve ou moderada.
A conclusão é de um estudo conduzido por cientistas do Instituto do Sono e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com apoio da FAPESP. Os dados foram divulgados no European Archives of Oto-Rhino-Laryngology.
«Ainda não sabemos se é a apneia que causa a elevação da homocisteína no sangue ou se é o nível aumentado desse aminoácido que agrava a apneia. A nossa hipótese é que seja uma correlação bidirecional», explica Monica Levy Andersen, professora da Unifesp e coordenadora da pesquisa.
A homocisteína já tem sido uma preocupação para os cardiologistas há bastante tempo, já que há fortes evidências de que níveis elevados da substância – acima de 15 micromol por litro de sangue (µmol/l) – podem causar alterações na parede dos vasos sanguíneos e favorecer o surgimento de doença coronariana, trombose, enfarte e até acidente vascular encefálico (AVE), conhecido também como acidente vascular cerebral (AVC).
«A deficiência de vitaminas do complexo B – particularmente B6, B9 e B12 – predispõe um quadro de hiper-homocisteinemia. Comer alimentos que contêm esses nutrientes ou mesmo a suplementos pode ser uma estratégia para modular os níveis desse aminoácido no sangue”, informa Vanessa Cavalcante-Silva, pós-doutoranda na Unifesp e primeira autora do artigo