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Bandas feitas por inteligência artificial que já conquistaram milhões de fãs

29 Agosto 2025
Forever Young

A música está a viver uma nova revolução. Bandas criadas inteiramente por inteligência artificial (IA) já não pertencem ao domínio da ficção científica.

Algumas somam milhões de ouvintes em plataformas digitais, sem que um único músico humano esteja envolvido. Este fenómeno, ainda recente, está a mudar a forma como entendemos a criação artística.

Como surgem estas bandas

De acordo com a BBC, algoritmos de IA já são capazes de compor melodias, escrever letras e até gerar vozes realistas. Em poucos minutos, conseguem criar músicas completas que chegam a plataformas como Spotify e YouTube. O processo baseia-se em sistemas de aprendizagem automática que analisam milhares de canções, absorvem padrões rítmicos e harmónicos e os transformam em algo novo. O resultado são faixas que soam familiares mas, ao mesmo tempo, inéditas.

Estes projetos não se limitam a um género. Do pop à música eletrónica, do metal mais experimental ao psicadelismo inspirado nos anos 70, a inteligência artificial tem demonstrado uma surpreendente versatilidade criativa.

Exemplos que já fazem história

Um dos casos mais comentados é o dos The Velvet Sundown, um projeto recente que recria sonoridades psicadélicas e que, em poucas semanas, conquistou mais de um milhão de ouvintes. Também o coletivo Dadabots tem atraído atenção: usando IA, gera transmissões infinitas de metal e outros géneros menos convencionais, explorando um território musical que dificilmente teria espaço no circuito tradicional. Já o sistema AIVA, considerado pioneiro, foi um dos primeiros a assinar composições originais de forma profissional e é hoje utilizado para criar trilhas sonoras de cinema, publicidade e videojogos.

Impacto na indústria

O crescimento destas bandas levanta debates intensos. Há quem questione a autoria: a quem pertence uma canção criada por algoritmos — ao programador, ao utilizador, ou ao próprio sistema? Outros interrogam-se sobre autenticidade, argumentando que a música sem intervenção humana poderá nunca ter a mesma carga emocional. Por outro lado, muitos veem aqui uma oportunidade: a IA pode ser usada como ferramenta criativa, complementando o trabalho de músicos humanos em vez de os substituir.

Apesar das dúvidas, a tendência é clara. Estas tecnologias estão a democratizar a produção musical, tornando acessível a qualquer pessoa a possibilidade de compor sem precisar de dominar um instrumento ou estudar teoria musical.

Música para o século XXI

O futuro permanece em aberto. Talvez a IA nunca substitua os clássicos que atravessaram gerações, mas é inegável que já conquistou o seu espaço na cultura pop contemporânea. Para alguns, trata-se apenas de uma curiosidade tecnológica; para outros, é o início de uma transformação profunda na forma como consumimos e produzimos música.

Certo é que a inteligência artificial já não se limita a escrever e compor: agora também canta, grava e conquista fãs.