Quando o tema é a gordura corporal, muitos costumam olhar só para os quilos na balança e ignoram o tamanho da barriga.
A gordura em excesso na região do abdômen, popularmente chamada de “barriga de cerveja”, tem grandes riscos para o organismo, até mesmo de quem é considerado “magro”: ou seja, tem o peso/IMC considerado normal.
O motivo é simples: essa gordura, conhecida como visceral, acumula-se entre os órgãos vitais e prejudica o seu funcionamento.
A gordura visceral acumula-se na região abdominal, entre o fígado, os intestinos, o pâncreas e o coração, libertando substâncias inflamatórias que prejudicam a função do organismo e aumentam o risco de doenças graves. Esta gordura é caracterizada pela “barriga de cerveja” dura e volumosa, que parece estar sempre inchada.
A maioria das pessoas com obesidade tem gordura visceral em excesso, mas até aquelas pessoas que têm um IMC considerado normal podem apresentar o problema, pois o acumular deste tipo de gordura tem como origem fatores genéticos
O tecido adiposo (gordura) liberta substâncias inflamatórias, como citocinas e adipocinas, que podem provocar uma inflamação crónica.
No caso da gordura visceral, essa inflamação vai atingir órgãos vitais que estão na cavidade abdominal, prejudicando o seu funcionamento adequado.
Apesar de ser chamada de “barriga de cerveja”, a gordura visceral não está necessariamente ligada à ingestão de álcool. Uma pessoa que não bebe e tem uma alimentação má, repleta de alimentos ultra processados, açúcares, carboidratos refinados e fast-food, também tende a desenvolver a gordura visceral, especialmente se tiver uma genética favorável para isso
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