De acordo com a Exame, João Coelho de Souza, natural de Maranguape, no estado do Ceará, foi certificado como o homem mais velho do mundo, com 114 anos de idade. O reconhecimento foi atribuído pela plataforma Longevi, que monitoriza dados de supercentenários a nível global e, após análise documental rigorosa, colocou João no topo do ranking mundial de longevidade masculina.
Atualmente, João ocupa o primeiro lugar no ranking de homens vivos mais velhos, ultrapassando o japonês Gisaburo Sonobe (113 anos) e o espanhol Saturnino de la Fuente García (112 anos, falecido em 2022). No total, há menos de 20 homens no mundo com mais de 110 anos: um número extremamente raro em comparação com mulheres supercentenárias.
Nascido a 9 de março de 1911, João cresceu no meio rural, onde desde cedo começou a ajudar o pai na lida do gado e na colheita de frutas. Apesar das dificuldades económicas e da dureza do campo, manteve ao longo da vida uma rotina disciplinada, baseada numa alimentação simples, horários regulares e trabalho físico. Vive até hoje na mesma localidade e conta com o apoio de filhos, netos e bisnetos.
Para especialistas em longevidade, casos como o de João Coelho de Souza reforçam a importância de fatores como a alimentação natural, o enraizamento familiar, o ritmo de vida tranquilo e a resiliência emocional. A genética desempenha também um papel, mas o contexto social e cultural em que se envelhece pode fazer toda a diferença.
Com o novo título de “homem mais velho do mundo”, João tornou-se uma inspiração dentro e fora do Brasil. O seu segredo para a longevidade? “Dormir cedo, comer comida da roça e nunca andar com mágoa no peito”, disse à imprensa local.