Há muito que o camarão não é uma iguaria que degustamos única e exclusivamente em datas especiais, como no Natal: em grande parte porque registaram-se grandes progressos em termos de importações, mas também, e sobretudo, no congelamento e aquicultura, indicou o jornal espanhol ‘El Confidencial’, que referiu que grande parte deste alimento chega de países tropicais, em particular do Equador.
Em Espanha, por exemplo, o camarão é o terceiro produto de marisco mais consumido, apenas superado pela pescada e a lula: 25% da produção total anual é adquirida em dezembro, sendo o mais vendido o camarão branco de cultivo, e 95% é vendido congelado – um terço é vendido pré-cozido.
Ao contrário do que muitos pensam, o camarão cru fresco tem uma importância residual no mercado: representa apenas 1% do total, segundo dados da OCU (‘Organización de Consumidores y Usuarios’). Como é evidente, o camarão fresco tem uma sabor e aroma muito mais intensos, isto porque as suas características organolépticas não foram diminuídas pelo processo de cozedura ou congelamento, por isso oferecem um sabor muito mais intenso no paladar. Tome atenção à cor: se tiver um tom pálido, evite comprá-los, pois pode indicar que não estão em boas condições.
Há diferenças nutricionais?
Não. Quando falamos de camarões crus, cozidos ou congelados estamos a falar do mesmo marisco e as suas características são idênticas em termos de proteínas, gorduras, etc. A diferença está no sal. As variedades congeladas e cozidas apresentam percentagens superiores às recomendadas, o que se deve à técnica de conservação utilizada para evitar a oxidação e deterioração. Só é menor quando, além de cru, é fresco.
Outra questão importante é o preço. Neste momento, o valor de um quilograma de camarão congelado vendido em caixas ou a granel varia entre oito e 12 euros na maioria dos supermercados. Essa é a faixa de preço em que também encontra a mesma quantidade de camarão cozido (entre 40 e 60 unidades, como regra geral). Por outro lado, um quilo de frutos do mar frescos pode facilmente triplicar esses números. Em épocas como o Natal, ainda mais.
A OCU revelou ainda que a higiene e a frescura dos camarões são muito melhores quando são vendidos congelados do que quando são comercializados a granel. Também fornecem ao consumidor mais informações nutricionais e relacionadas com a sua origem, já que tudo está claramente especificado na embalagem. A variedade de tamanhos disponíveis costuma ser muito maior.
A forma como consome marca a sua escolha
Dada as faixas de preço, não é lucrativo comprar camarões previamente descongelados a granel, a menos que seja uma emergência e serão consumidos quase imediatamente. Deve-se levar em consideração que não podem ser recongelados e se degradam muito rapidamente. Além do mais, não é incomum encontrar peças sem pernas ou com cabeças separadas quando é escolhido este método.
Por outro lado, o camarão congelado oferece muito mais possibilidades. É vendido em caixas fáceis de guardar e pode ser mantido no congelador por alguns dias a mais sem perder qualidades. Desta forma, será possível descongelá-lo quando necessário e consumi-lo de imediato, o que garantirá a sua qualidade e frescura.
Já o camarão cozido também oferece essa vantagem. Porém, a sua versatilidade na cozinha é muito menor, uma vez que foi previamente cozinhado. Só deverá optar por esta opção se souber com antecedência que terá de os cozinhar em casa e quiser saltar essa etapa.