A Royal Mint, a empresa mais antiga do Reino Unido e fabricante oficial de moedas britânicas, está a usar a pequena quantidade de prata que se encontra dentro do filme das placas de raio X para criar joias.
Para conseguir concretizar este projeto, realizou uma parceria com a Betts Metals, empresa sediada em Birmingham, que recupera metais preciosos de resíduos há mais de 250 anos.
A empresa recolhe os filmes das placas de raio X usados e que são destinados a serem destruídos. De seguida, esse filme passa por uma máquina que o corta em pequenos pedaços, antes de ser utilizado um processamento químico para separar a prata. Depois, é fundido e transferido para outro local, onde é refinado até atingir 99,9% de pureza, como qualquer outra fonte de prata fina.
Os hospitais recebem o valor monetário da prata recuperada, sendo que a empresa revela que «a quantidade de prata pode variar muito de filme para filme, sendo que é necessário recolher muitas toneladas de filme para esta ser uma atividade economicamente compensadora».
Mas há mais, uma vez que a Royal Mint também extrai ouro de lixo eletrôónico.
Para tal utiliza uma “química pioneira no mundo” da empresa canadiana Excir, que afirma ser «capaz de recuperar mais de 99% dos metais preciosos em poucos minutos a partir de resíduos eletrónicos como placas de circuito de laptops e telemóveis».
Em 2024 a Royal Mint deverá abrir uma nova fábrica de recuperação de metais preciosos que será capaz de processar, anualmente, quatro mil toneladas de lixo eletrónico do Reino Unido, revela a empresa.