Porque, salienta o presidente francês, “Lisboa, as nossas duas nações e toda a nossa Europa precisam mais do que nunca dessa audácia e dessa coragem.”
“Ser Presidente da Câmara de Lisboa é um privilégio que vivo todos os dias. Não fui, nem serei, um presidente de Câmara inacessível; não fui, nem serei, um presidente de Câmara de gabinete. Porque as cidades são o grande palco das transformações em curso no mundo, é nelas que podemos pôr em prática uma nova maneira de fazer política. Uma nova maneira de fazer política em que as pessoas estão no centro da ação política – tendo‑as por seus destinatários, e ouvindo‑as. Mas, sobretudo, dando respostas concretas, visíveis e palpáveis”, escreve Carlos Moedas em “Liderar com as Pesosas”, obra onde explica que “em apenas dois anos não se consegue fazer o que não se fez em 14, mas já muitos dos compromissos eleitorais assumidos foram concretizados e muitos projetos do anterior executivo que estavam parados têm vindo a ser desbloqueados”.
Ao longo das 254 páginas, o autaca relata, em estilo de conversa com o leitor, a realidade da vida do maior munícipio do país: as conquistas e os bloqueios, os problemas e as soluções, os acontecimentos “mais e menos marcantes”, as concretizações “mais e menos importantes”. Carlos Moedas mistura memórias de infância e juventude com a aquela que entende ser a sua forma de fazer política – liderar com as pessoas: “Tenho cada vez menos dúvidas de que o caminho do futuro é apenas um: liderar, mobilizando as pessoas e falando com elas olhos nos olhos. As cidades são o grande palco para as transformações em curso no mundo. E o autarca é o dinamizador que faz a mudança acontecer; é o agente que traduz e leva essa mudança diretamente às pessoas.”
Carlos Moedas afirma, no livro, que não foi, nem será um presidente de Câmara inacessível; ou um presidente de Câmara de gabinete. “Como líder político analiso propostas e decido com as pessoas, não lhes impondo qualquer agenda ou cartilha ideológica. Isto não significa fazer do líder político um tecnocrata – pelo contrário, exige, com mais vigor do que nunca, uma grande capacidade de prever e decidir, capacidade essa que por vezes falta a tantos tecnocratas. O líder político tem de mostrar capacidade de decidir, poder de resolução, determinação e firmeza na forma como agarra a sua própria circunstância e faz dela uma oportunidade. Se possível, estando à frente do seu tempo e cativando os munícipes para as mudanças. É isso que faço e pretendo fazer cada vez mais e melhor.” O livro inclui, em anexo, oito discursos/artigos do presidente da Câmara de Lisboa e um caderno de fotos inéditas.
CARLOS MOEDAS nasceu em Beja em 1970. É licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico. Frequentou a École Nationale des Ponts et Chaussées de Paris. Em 1998 foi para os EUA, onde ingressou na Universidade de Harvard e obteve um Master in Business Administration. Começou a sua carreira como engenheiro no grupo Suez em França, trabalhou vários anos na City em Londres e criou a sua empresa em Portugal. Em 2011 foi eleito deputado pelo círculo de Beja e tornou-se Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro do XIX Governo Constitucional com responsabilidade pela coordenação do Programa de Ajustamento.
Em 2014 tornou-se o quinto português a exercer o cargo de comissário europeu, tendo gerido o maior fundo de ciência e inovação do mundo no valor de 80 mil milhões de euros. Foi o arquiteto do atual programa de inovação e ciência Horizonte Europa de 100 mil milhões de euros.
Em 2019 entrou como Administrador na Fundação Calouste Gulbenkian. É também Vice-Presidente do Instituto Jacques Delors, em Paris.
Em março de 2021 decidiu lançar a sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa criando a coligação Novos Tempos. Foi eleito Presidente da Câmara em 26 de setembro de 2021.
Em 2014 foi eleito o mais jovem membro da Academia de Engenharia de Portugal. É também membro honorário da Academia de Ciência Africana. Recebeu vários doutoramentos Honoris Causa (Universidade de Cork na Irlanda, ESCP Europe – École Supérieure de Commerce de Paris, Universidade Nova de Lisboa, Universidade West Timişoara na Roménia). Em 2019 recebeu a Medalha de Ouro da Ordem dos Engenheiros e em 2020 foi Prémio do Ano da Universidade de Coimbra. Em 2023 foi condecorado pelo Papa Francisco com a Ordem Honorífica de Cavaleiro da Ordem de São Silvestre e pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.