Cidade portuguesa apresenta nova candidatura a Capital Verde Europeia

O Prémio Capital Verde da Europa (European Green Capital Award), organizado pela Comissão Europeia, reconhece e premeia os esforços locais para melhorar o ambiente e, assim, a economia e a qualidade de vida nas cidades.

A Câmara de Guimarães anunciou hoje uma nova candidatura a Capital Verde Europeia 2026, depois de ter perdido para Vilnius, capital da Lituânia, a distinção relativa a 2025 que premeia os esforços locais para melhorar o ambiente, avança a Lusa.

“Os vimaranenses foram, e continuarão a ser, envolvidos no caminho da neutralidade climática e da proteção do ambiente, pelo que manteremos todo o empenho e força rumo a uma nova candidatura, já no próximo ano, para 2026”, afirmou Domingos Bragança (PS), presidente da Câmara de Guimarães, citado num comunicado enviado à Lusa.

“Como vimos hoje, na declaração final do júri, Guimarães tem feito um caminho exemplar e inspirador para a Europa. Continuaremos a trabalhar para uma cidade e para um mundo cada vez mais baseado nos valores da ecologia”, acrescentou o autarca.

A cidade de Vilnius venceu o Prémio Capital Verde Europeia 2025, à frente das outras duas cidades finalistas à distinção, Guimarães e Graz, na Áustria, foi anunciado durante uma cerimónia que decorreu em Tallinn, capital da Estónia.

O Prémio Capital Verde da Europa (European Green Capital Award), organizado pela Comissão Europeia, reconhece e premeia os esforços locais para melhorar o ambiente e, assim, a economia e a qualidade de vida nas cidades.

O prémio é concedido todos os anos a uma cidade que lidera a vida urbana ecologicamente correta e incentiva as cidades a se comprometerem com metas ambiciosas para melhorar ainda mais o meio ambiente.

O galardão visa premiar cidades que tenham um registo consistente em alcançar altos padrões ambientais, encorajar cidades a alcançar objetivos ambiciosos, no que diz respeito a melhorias ambientais e desenvolvimento sustentável, e proporcionar um modelo para inspirar outras cidades e promover boas práticas e experiências em todas as cidades europeias.

Em 2020, foi Lisboa a vencer o prémio.

A Comissão Europeia atribui 600 mil euros à vencedora para melhorar a sustentabilidade ambiental da cidade.

Após o anúncio de Vilnius como vencedora para 2025, o presidente da câmara vimaranense reiterou no comunicado a aposta no caminho da sustentabilidade e da neutralidade carbónica.

Na nota, Domingos Bragança mostrou-se “orgulhoso com as mudanças que já foram conseguidas no território” e que “terão impacto positivo no futuro”.

O autarca deu “os parabéns a toda a equipa, liderada pela vice-presidente, Adelina Pinto, que elaborou todo o processo de candidatura, e a toda a delegação que defendeu Guimarães perante o júri, mostrando-se confiante no sucesso da nova candidatura”, lê-se no documento.

“Guimarães dá os parabéns a Vilnius, que certamente será uma inspiração para todas as cidades europeias”, concluiu a nota.

Esta foi a segunda candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia, depois de uma primeira apresentada em 2017, ficando em quinto lugar entre as 13 cidades concorrentes, mas “o município continuou a reforçar a sua aposta no desenvolvimento sustentável do território, ao longo dos últimos anos, desenvolvendo projetos de elevado valor”, indicou a autarquia num comunicado divulgado em maio deste ano.

Segundo o município, a nova candidatura demonstrava o percurso e as metas a atingir para sete indicadores de sustentabilidade: qualidade do ar, ruído, água, natureza, biodiversidade e uso sustentável do solo, resíduos e economia circular, alterações climáticas, mitigação e adaptação.

“Guimarães volta a demonstrar a importância de um modelo de governança integrador e multidisciplinar – Ecossistema de Governança 2030 – assente na aposta na investigação, envolvimento, educação e sensibilização ambiental, através do Laboratório da Paisagem, instituição que coordenou a presente candidatura”, salientou na altura a câmara.

A autarquia explicava ainda que os compromissos da cidade para a neutralidade climática e para os zero resíduos, a aposta na educação ambiental através do programa Pegadas, ou os projetos estruturantes das ecovias ou das bacias de retenção eram alguns dos muitos destaques da candidatura.

 

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