<br><br><div align="center"><!-- Revive Adserver Asynchronous JS Tag - Generated with Revive Adserver v5.5.0 -->
<ins data-revive-zoneid="25" data-revive-id="6815d0835407c893664ca86cfa7b90d8"></ins>
<script async src="//com.multipublicacoes.pt/ads/www/delivery/asyncjs.php"></script></div>
Partilhar

Com 2 anos já falava 3 línguas: conheça o Rei de Portugal que era sobredotado e só viveu 24 anos

Imagem | Wikimedia Commons
12 Julho 2025
Forever Young

Este Rei de Portugal, que era sobredotado, foi dos mais admirados da era monárquica portuguesa, tendo tido presença marcante apesar de falecer aos 24 anos.

Ao longo da história, a monarquia portuguesa foi marcada por reis de diferentes perfis, desde guerreiros conquistadores a monarcas cultos e reformistas. Cada reinado deixou marcas na sociedade, na cultura e na organização do país, definindo a identidade nacional através dos séculos. Neste artigo, falar-lhe-emos de um antigo Rei de Portugal que, aos 2 anos, já sabia falar 3 línguas, sendo considerado sobredotado na altura.

Um rei que marcou a história de Portugal

D. Pedro V, ex-Rei de Portugal, filho mais velho de D. Maria II e de D. Fernando II de Saxe-Coburgo-Gota, nasceu em Lisboa a 16 de setembro de 1837 e morreu tragicamente jovem, aos 24 anos, a 11 de novembro de 1861.

Conhecido como “o Esperançoso”, foi uma das figuras mais admiradas da monarquia portuguesa, reconhecido pela sua inteligência, sensibilidade e entrega ao bem público, qualidades que lhe garantiram um lugar especial na memória coletiva. Uma das suas particularidades era a inteligência precoce: com apenas dois anos, já falava três línguas diferentes, de acordo com o NCultura.

Após a morte prematura da sua mãe, D. Maria II, em 1853, D. Pedro tinha apenas 16 anos e, por não ter ainda atingido a maioridade, o seu pai, D. Fernando II, assumiu a regência. Durante esse período, o jovem príncipe continuou a sua formação académica e a preparação para as responsabilidades da governação.

Viagens que moldaram a sua visão

Juntamente com o seu irmão D. Luís, futuro Rei de Portugal, D. Pedro realizou viagens pela Europa, passando por países como Inglaterra, Alemanha e Áustria. Acompanhado por tutores e diplomatas, teve oportunidade de contactar com líderes políticos, conhecer diferentes sistemas de governação e observar os avanços industriais e sociais da época.

Estas experiências foram determinantes para a sua visão reformista e preparação como soberano num período de mudanças.

Ascensão ao trono e compromisso reformista

Em 1855, ao completar 18 anos, foi proclamado rei e prestou juramento perante as Cortes Gerais. Desde o início do seu reinado, demonstrou grande empenho na modernização do país, dedicando-se a áreas fundamentais como a saúde, a educação e as infraestruturas, essenciais ao desenvolvimento de Portugal no século XIX.

Um rei de inteligência considerada excecional

O ex-Rei de Portugal D. Pedro V revelou desde cedo uma inteligência acima da média. Antes dos dois anos, já falava português, alemão e francês, segundo a mesma fonte.

Aos 12 anos, lia tratados de filosofia e escrevia artigos anónimos para jornais, nos quais defendia, por exemplo, a construção de caminhos de ferro para o progresso nacional. O seu percurso escolar incluiu o estudo de latim, grego e inglês, assim como um grande interesse pelas ciências naturais e pela filosofia.

Alexandre Herculano, um dos mais reconhecidos historiadores e escritores portugueses, foi uma das figuras mais marcantes na formação de D. Pedro. O jovem rei via em Herculano um papel crucial no seu desenvolvimento intelectual e na forma como encarava o dever real, tornando-se num dos monarcas mais cultos da história de Portugal.

Proximidade com o povo durante epidemias

Apesar do seu curto reinado, D. Pedro V deixou uma marca indelével no país. Durante as epidemias de cólera que assolaram Portugal em 1855, o jovem rei destacou-se pela sua humanidade, visitando pessoalmente hospitais e as comunidades mais atingidas. Este gesto de proximidade e compaixão conquistou a admiração popular, reforçando a sua imagem de líder empenhado no bem-estar coletivo.

A sua preocupação com a saúde pública traduziu-se na criação de hospitais e em importantes reformas sanitárias. Uma das suas iniciativas mais emblemáticas foi a fundação do Hospital de Dona Estefânia, em memória da sua jovem esposa, refere a fonte anteriormente citada.

Um casamento marcado pela tragédia

Em 1858, D. Pedro casou com D. Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, princesa de educação distinta, conhecida pela sua bondade. O casamento foi celebrado primeiro por procuração, seguindo-se a cerimónia oficial na Igreja de Santa Edviges, em Berlim, a 29 de abril de 1858. Quando D. Estefânia chegou a Lisboa, foi recebida calorosamente pelo povo português.

Infelizmente, a felicidade do casal foi breve. Apenas 14 meses após o casamento, D. Estefânia faleceu de forma súbita devido a uma angina diftérica. Este acontecimento abalou profundamente D. Pedro e enlutou o país. Em sua homenagem, fundou o Hospital de Dona Estefânia, que ainda hoje é uma referência em pediatria em Portugal.

O fim de um reinado promissor

D. Pedro V morreu prematuramente em 1861, vítima de febre tifoide, deixando o país num profundo luto. Sem descendência, foi sucedido pelo seu irmão, D. Luís I. A sua morte pôs fim a um reinado breve, mas marcado por um forte compromisso com o progresso e o bem-estar da população, refere ainda o NCultura.

D. Pedro V é recordado como símbolo de integridade e serviço público, um rei que dedicou a vida ao povo. Apesar do curto reinado, a sua memória continua viva como exemplo de virtude e dedicação, inspirando gerações na história da monarquia portuguesa.