Todos os anos, nos EUA, cerca de 435 000 mulheres sofrem um ataque cardíaco. Seis vezes mais mulheres morrem devido a este problema médico do que devido ao cancro da mama. Um estudo parece identificar algumas das principais lacunas que podem estar a justificar esta elevada taxa de mortalidade.
A principal conclusão parece ser que, quando comparado com os homens, as mulheres não estão a receber o mesmo nível de cuidados e tratamentos. Certos medicamentos e betabloqueadores não são prescritos com tanta frequência às mulheres. Da mesma forma certos exames importantes – como as angiografias – são desproporcionalmente mais feitos por homens do que por mulheres.
Tal como refere a Dr. Suzanne Steinbaum (cardiologista do reputado Mount Sinai Hospital, em Nova Iorque), esta situação pode ser justificada pelo facto de a doença cardíaca ser habitualmente mais associada aos homens. Esta é, erradamente, considerada um problema masculino. Na verdade, “a doença cardíaca mata mais mulheres do que todos os cancros combinados”, afirma a especialista.
Eis um conjunto de recomendações que todas as mulheres devem seguir, de forma aumentar as probabilidades de receberem o cuidado devido.
- Argumente e defenda-se
Tal como referido, diversos estudos apontam para o facto de certos especialistas médicos tenderem a não associar certos sintomas – descritos por mulheres – a possíveis ataques cardíacos. Assim é fundamental que procure ser o mais clara possível. Diga “acho que estou a ter um ataque cardíaco”, como formar de garantir que os profissionais de saúde dão a atenção necessária ao seu caso.
- Mesmo que não tenha a certeza procure ajuda
Um estudo de 2018, refere que as mulheres tendem as esperar 30% mais tempo do que os homens antes de procurarem apoio médico. O medo de que os seus sintomas sejam desvalorizados faz com que evitem o contacto imediato. Mesmo que não tenha a certeza é importante que procure o apoio médico necessário. Uma rápida resposta pode fazer toda a diferença na eficácia do tratamento, evitando assim mortes desnecessárias.
- Ligue para os serviços de emergência; não procure respostas online
Ao suspeitarem de que podem estar a sofrer um ataque cardíaco as mulheres tendem a tomar uma aspirina e procurar os sintomas online, segundo explica a Dr. Nieca Goldberg (diretora na NYU Lagone Medical Center). Em alternativa, mal se aperceba de um possível sintoma ligue para as urgências e procure apoio especializado.
- Descreva os sintomas; não os interprete
Quando começaram os sintomas? Quanto tempo duraram? Estava a descansar quando isso aconteceu? O que é que sentiu? Estas são apenas algumas das questões que deve estar preparada para responder. Não tente racionalizar o que aconteceu e procurar encontrar explicações. Apresente apenas os factos. Isto irá garantir que lhe será feita uma avaliação mais eficaz e correta.
- Fale sobre os seus fatores de risco
Não assuma que os médicos vão estar sempre cientes da sua ficha médica. Reforce sempre que necessário algumas das suas condições pré-existentes ou os fatores de risco. Hipertensão, níveis altos de colesterol, diabetes, historial familiar, etc. Caso não tenha tido exames e consultas recentes, explique que podem existir fatores ou problemas desconhecidos, ainda por diagnosticar.