Uma prática simples e acessível — congelar o pão — pode não só preservar o alimento por mais tempo como também melhorar significativamente os seus benefícios para a saúde. A conclusão é apoiada por especialistas em gastroenterologia e já está a ganhar destaque entre os que procuram opções alimentares mais equilibradas no dia a dia.
De acordo com a gastroenterologista Karen Alarcón, ao congelar o pão e reaquecê-lo mais tarde, ocorrem alterações na estrutura dos hidratos de carbono presentes no alimento. Este processo, conhecido como retrogradação do amido, transforma parte do amido em fibra prebiótica — um tipo de fibra que alimenta as bactérias benéficas do intestino. Como resultado, o consumo de pão passa a provocar menos picos de açúcar no sangue, facilita a digestão e reduz a sensação de inchaço.
O reaquecimento após o congelamento faz com que o corpo absorva os açúcares de forma mais lenta, o que ajuda a manter os níveis de energia estáveis ao longo do dia. Para quem procura evitar oscilações de glicemia ou sente desconforto digestivo após consumir pão, este método pode ser uma solução prática e eficaz.
Além dos benefícios nutricionais, congelar o pão é também uma medida inteligente contra o desperdício alimentar. Quando armazenado adequadamente — cortado em fatias, bem embrulhado com película aderente ou em sacos próprios para congelador — o pão mantém a textura e o sabor por semanas, sem o risco de ganhar bolor rapidamente.
A preparação é simples: ao ser retirado do congelador, o pão pode ser tostado, aquecido no forno ou numa frigideira. O resultado? Um pão mais crocante, saboroso e agora, comprovadamente, mais saudável.
Pequenas mudanças na rotina podem ter um grande impacto no bem-estar e na alimentação. Neste caso, basta uma gaveta do congelador e alguns minutos ao lume para transformar o pão do dia a dia num aliado da saúde intestinal e do equilíbrio energético.