Cientistas revelam que o consumo diário de carne e de alimentos processados pode estar ligado à doença de Alzheimer

Um novo estudo descobriu que os doentes diagnosticados com Alzheimer tendem a comer regularmente carne e alimentos processados.

O consumo diário de alimentos à base de carne e processados está ligado ao desenvolvimento da doença de Alzheimer, de acordo com um novo estudo , avança a Euronws

«Os investigadores da Universidade de Bond, na Austrália, acreditam ter encontrado uma forte associação entre a doença degenerativa do cérebro e o consumo destes alimentos, depois de estudarem 438 pessoas», refere a publicação, acrescentando que «dos participantes no estudo, 108 tinham a doença de Alzheimer e 330 pertenciam a um grupo de controlo».

«As pessoas diagnosticadas com a doença neurológica comiam regularmente alimentos processados, como empadas de carne, salsichas, fiambre, piza e hambúrgueres», afirmam os investigadores, «as suas dietas consistiam também em menos frutas e legumes, enquanto o consumo de vinho era comparativamente mais baixo do que no grupo de controlo».

Tahera Ahmed, a principal autora do estudo, tem uma ligação pessoal a esta investigação. Ela tinha uma avó e uma tia que sofriam de Alzheimer.

“Infelizmente, não o sabíamos na altura. Pensávamos que era apenas um problema de demência devido à idade avançada”, afirmou Ahmed num comunicado publicado pela Bond University.

“Quando comecei a minha investigação sobre a doença de Alzheimer, apercebi-me de que a minha avó tinha todos os sintomas”.

“É essencial sensibilizar os jovens para os benefícios do consumo de folhas verdes, alimentos orgânicos ou refeições caseiras, em vez de se entregarem regularmente a alimentos de plástico ou processados”, acrescentou.

Estudos anteriores também encontraram ligações entre dietas ricas em carne e a doença de Alzheimer.

«Um estudo publicado no ano passado no Journal of Alzheimer’s Disease concluiu que os factores de risco de demência incluem um maior consumo de gorduras saturadas e carnes, bem como de alimentos processados e ultraprocessados», relembra a Euronews.

 

 

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