A contraceção verde, conhecida pelos métodos contracetivos com menor impacto ambiental, está a tornar-se a melhor opção para muitas mulheres. Estes têm vindo a ganhar destaque devido a uma crescente consciência ecológica, sendo uma escolha mais sustentável, quando comparados com os contracetivos hormonais tradicionais. No Dia Mundial da Contraceção, a Sociedade Portuguesa da Contracepção (SPDC) explica que este conceito está a ganhar adesão, sobretudo entre os adolescentes, que demonstram, cada vez mais cedo, uma maior preocupação com a sustentabilidade.
Segundo os especialistas, a nova geração de contraceção oral, com estrogénios naturais, apresenta também vantagens para a saúde da mulher. Além de terem menos impacto no organismo, a sua eficácia como método contracetivo é comprovada.
É crucial promover cada vez mais a discussão deste tipo de temas e perceber de que forma a contraceção pode influenciar o meio ambiente. O aconselhamento contracetivo é fundamental, e as mulheres devem ser informadas de forma clara sobre os métodos disponíveis. Devem escolher de forma livre, tendo em conta as suas necessidades e expetativas, para garantir uma maior eficácia na sua utilização.
Fátima Palma, ginecologista e presidente da SPDC, realça que “ao longo do tempo, temos observado a evolução natural da contraceção, com uma progressiva redução das doses de estrogénios, bem como o surgimento de novos estrogénios com impacto zero no meio ambiente. As novas formulações são cada vez mais bioidênticas, ou seja, hormonas semelhantes às produzidas pelo nosso organismo, e com ação seletiva, minimizando o seu impacto na saúde”.