Por: Thordis Berger, CMO – Chief Medical Officer – Holmes Place Portugal
O mundo está a enfrentar um desafio extraordinário devido à pandemia COVID-19. A sua epidemiologia mostra que a idade e as desigualdades em termos de saúde, bem-estar e situação económica torna as pessoas mais vulneráveis. A doença pode ser particularmente grave para pessoas mais velhas, obesas com comorbidades e pessoas de minorias étnicas. As condições criadas pela pandemia aumentaram a importância da atividade física e do bem-estar para a sociedade.
Embora mais de 71.500 artigos de pesquisa tenham sido publicados em 2020 (até ao início de novembro; referências de banco de dados PubMed incluindo o termo “COVID19”), menos de 1% deles (n = 798) estão relacionados com o papel e o impacto que a atividade física pode ter na abordagem da pandemia e, mais importante, na prevenção de uma segunda vaga (referências do banco de dados PubMed incluindo os termos “COVID-19 e exercício”).
Isto pode ser surpreendente, dadas as evidências existentes que ligam um estilo de vida ativo (envolvendo atividade física espontânea, exercícios regulares e / ou participação em desportos) e função imunitária reforçada ao longo da vida, incluindo defesa viral.
Atividade física e a saúde
O mundo está a enfrentar um desafio extraordinário devido à pandemia COVID-19. A sua epidemiologia mostra que a idade e as desigualdades em termos de saúde, bem-estar e situação económica torna as pessoas mais vulneráveis. A doença pode ser particularmente grave para pessoas mais velhas, obesas com comorbidades e pessoas de minorias étnicas. As condições criadas pela pandemia aumentaram a importância da atividade física e do bem-estar para a sociedade.
Embora mais de 71.500 artigos de pesquisa tenham sido publicados em 2020 (até ao início de novembro; referências de banco de dados PubMed incluindo o termo “COVID19”), menos de 1% deles (n = 798) estão relacionados com o papel e o impacto que a atividade física pode ter na abordagem da pandemia e, mais importante, na prevenção de uma segunda vaga (referências do banco de dados PubMed incluindo os termos “COVID-19 e exercício”).
Isto pode ser surpreendente, dadas as evidências existentes que ligam um estilo de vida ativo (envolvendo atividade física espontânea, exercícios regulares e / ou participação em desportos) e função imunitária reforçada ao longo da vida, incluindo defesa viral.
Estudos desenvolvidos e conclusões
Um estudo que envolveu 3.764 participantes de forma aleatória, desenvolvido pela Universidade de Oslo, não mostrou transmissão de vírus ou aumento da doença COVID-19 relacionada com a abertura de ginásios que implementaram as devidas medidas de segurança, desinfeção e distanciamento. Este estudo destaca que a atividade praticada dentro do ginásio pode ser realizada com toda a segurança e com risco limitado.
Em setembro de 2020 foi lançado o estudo SafeACTiVE, encomendado pelo Centro de Pesquisa EuropeActive THINK Active, que visa demonstrar o risco relativo de infeção por COVID-19 em clubes de fitness.
Foram recolhidos dados com base em mais de 62 milhões de visitas a clubes de fitness e instalações de lazer, com apenas 487 casos positivos (de membros e funcionários) relatados de operadoras com base na Alemanha, França, Suécia, Bélgica, Holanda, Espanha, Portugal, Noruega, Suíça, República Checa, Polónia, Dinamarca, Luxemburgo e Reino Unido. Isto traduz-se numa taxa média de infeção de 0,78 por 100.000 visitas, o que comprova o risco limitado.
Os dados recolhidos procuram atenuar as preocupações com a saúde pública (de utentes e membros), confirmar que os ginásios são ambientes seguros com um risco relativamente baixo de infeção por COVID-19 e oferecer ao setor da atividade física um forte argumento para manter os seus recursos abertos durante qualquer futuro surto de doenças infecciosas.