Estudo destacou conexões significativas entre a inflamação persistente e os desfechos neuropsiquiátricos de longo prazo em doentes que enfrentaram quadros moderados a graves de Covid-19. Os resultados, publicados na revista Brain, Behavior, and Immunity, evidenciam a relevância da investigação sobre as consequências da infeção pelo coronavírus.
O estudo avaliou o impacto de citocinas e quimiocinas — proteínas fundamentais para a regulação da resposta imunológica do organismo — nos sintomas relacionados com a saúde mental. Um total de 108 indivíduos foi monitorado ao longo de dois anos após a alta hospitalar decorrente da Covid-19.
Os investigadores descobriram que a presença elevada de eotaxina, um biomarcador inflamatório associado à neurodegeneração, estava diretamente relacionada com o aumento dos sintomas depressivos. Além disso, o índice pró-inflamatório, que agrega diversos marcadores inflamatórios presentes no sangue dos participantes, foi crucial para a análise estatística realizada, permitindo uma compreensão mais clara das interações entre esses fatores e seu impacto no estado psiquiátrico e cognitivo dos pacientes.
A pesquisa também avaliou o fator de crescimento vascular endotelial (Vegf), identificando uma correlação com os níveis de ansiedade. Essa proteína desempenha um papel vital na formação e crescimento de vasos sanguíneos nos tecidos, indicando a sua importância como conector em modelos analíticos propostos pelos pesquisadores.