O aumento simultâneo das relações online e do consumo das redes sociais por parte de pessoas com idades compreendidas entre os 54 e os 72 anos pode ser a explicação para o crescimento do número de cirurgias plásticas. Esta é uma das conclusões de um estudo norte-americano.
Segundo os números, agora apresentados pela sociedade norte-americana de cirurgiões plásticos (ASPS), houve mais de 17 milhões de procedimentos cosméticos cirúrgicos e minimamente invasivos realizados nos Estados Unidos em 2018. Um número que tem registado um aumento constante nos últimos cinco anos, mas sobretudo de 2017 para 2018.
Os procedimentos específicos vão desde cirurgias como a lipoaspiração (que registou um aumento até 5%), aumento dos seios (até 4%) e transplante capilar (até 18%) até pequenos ajustes no nariz (crescimento de 3%) e aumento labial (aumento de 5%).
Esta pesquisa mostrou ainda que 29 por cento dos adultos com 55 anos ou mais já se encontraram com alguém que tinham conhecido através de uma aplicação ou serviço de encontros online. Além disso, a pesquisa revelou que 35 por cento das pessoas deste segmento, quando questionados sobre como costumam conhecer pessoas, a sua resposta foi «páginas de relações online».
As redes sociais e a cirurgia plástica
Um outro estudo procurou analisar o papel das redes sociais neste crescimento do número de cirurgias plásticas e no impacto das mesmas, para melhor ou para pior. Uma coisa parece certa: «os pacientes usam cada vez mais as redes sociais para obter informações sobre o procedimento ou o cirurgião».
Com efeito, as redes sociais tornaram-se uma «ferramenta importante para a autopromoção e um meio de fornecer um melhor atendimento ao cliente», além de que essa «tendência também se aplica ao cirurgião plástico».
De acordo com a cirurgiã plástica AnneTaylor, os seus pacientes com mais de 50 anos «são homens e mulheres confiantes, que só querem ver no espelho a pessoa com a idade que eles sentem». Pois, apesar de as pessoas envelhecerem, elas «não param de se preocupar com a sua aparência, o que pode influenciar a maneira como se sentem», concluiu a médica especialista.