Mas, para já, de acordo com a DGS, não representa perigo para a população, avança a Executive Digest.
“Este mosquito transmite várias doenças e a forma de transmissão é através da picada. uma das principais medidas preventivas é prevenir esta picada. Atualmente, não há casos da doença em Portugal, são todos importados, e é importante que as pessoas que viajem para fora tomem medidas necessárias para que não fiquem doentes nestes destinos e trazer doença para cá e fazer com que o mosquito que cá temos fique infetado”, referiu a especialista, avança a Executive Digest .
Os sintomas, precisou à ‘TVI’, “surgem de forma diferente, entre 10 e 15 dias após o regresso. Sempre que alguém vem de um destino onde as doenças sejam endémicas, devem estar vigilantes nesse período e caso surjam sintomas – febre ou mal-estar geral – devem recorrer aos serviços de urgência e informar sempre o profissional de saúde que estiveram neste destino para que este possa direcionar melhor o diagnóstico da doença”.
Tanto a dengue com a zika “têm diferentes tipos de gravidade”. “Há infeções assintomáticas mas também pode haver alguma gravidade associada que pode levar ao internamento. É difícil dizer quanto tempo demoram os sintomas a desaparecer”, referiu Joana Moreno, salientando que o tratamento, “em muitos casos”, pode “ser feito em casa, para a melhoria dos sintomas”.
A espécie de mosquito Aedes albopictus — que pode transmitir os vírus que causam doenças infecciosas como dengue, chikungunya ou Zika — foi identificado no município de Cascais (na região de Lisboa e Vale do Tejo) e também em Pombal, na região Centro, alertou na passada quinta-feira a Direção Geral de Saúde (DGS) em comunicado.
Os conselhos da DGS incluem:
– Se um viajante regressou recentemente de uma zona onde estes vírus circulam, e se apresentar sintomas sugestivos de doença (febre, erupção cutânea na pele, dor abdominal, entre outros), contacte o SNS 24 (808 24 24 24) e mencione o histórico de viagem;
– Às equipas de saúde pública locais, proceder à investigação epidemiológica de qualquer caso notificado de dengue, chikungunya ou Zika;
– Aos parceiros comunitários, colaborar na vigilância entomológica e, se necessário, implementar medidas de acordo com a orientação;
– Reforçar a capacitação dos profissionais de saúde e outros profissionais relevantes para a deteção, diagnóstico e resposta no âmbito das doenças transmitidas por mosquitos.
A DGS deixou ainda nota de que, apesar de ter sido detetado o Aedes albopictu, “não foram identificados nestes mosquitos quaisquer agentes de doenças que possam ser transmitidas às pessoas”. Por isso, não se registaram, até ao momento, casos de doença humana em contexto de transmissão local.