Adotar hábitos de vida saudáveis é uma das primeiras recomendações médicas para combater a hipercolesterolemia. Manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios regularmente e evitar o tabaco e o álcool são pilares fundamentais.
Quando os níveis estão muito altos ou persistem apesar destas medidas, pode ser necessário recorrer a tratamentos medicamentosos ou até mesmo incorporar suplementos para suporte. O cardiologista Oliver Guttmann falou recentemente sobre esse assunto numa declaração ao jornal britânico Express.
Oliver Guttmann, cardiologista consultor do Wellington Hospital , parte da HCA Healthcare UK, destaca a importância de alguns suplementos essenciais que podem complementar o tratamento do colesterol alto.
O primeiro da lista é um dos mais reconhecidos: o ómega-3 . Este ácido gordo essencial provou ser um grande aliado para o coração. Como explica o especialista, “os ácidos gordos ómega-3 são benéficos para o coração, pois reduzem a inflamação e melhoram a função vascular”.
O segundo grupo de compostos recomendados por Guttmann são os esteróis e etanóis vegetais, bem como as fibras solúveis na forma de suplementos. “Esteróis e estanóis vegetais ajudam a reduzir o colesterol LDL (ruim), bloqueando a sua absorção. Fibras solúveis , como o psyllium, em forma de suplemento, ligam-se ao colesterol, facilitando a sua eliminação. Suplementos de alho podem reduzir a produção de colesterol no fígado”, alerta.
Esses compostos naturais, que podem ser encontrados em diversos alimentos de origem vegetal ou em preparações específicas, atuam limitando a absorção do colesterol no organismo.
Em terceiro lugar, Guttmann menciona a niacina, também conhecida como vitamina B3 . Esta substância desempenha um papel interessante, pois tem a capacidade de aumentar o colesterol HDL (colesterol bom) enquanto reduz o LDL. “O colesterol ruim refere-se ao colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C), um tipo de colesterol que pode contribuir para o acúmulo de placas nas artérias, o que aumenta o risco de problemas cardíacos”, observa o cardiologista.