O Japão destaca-se entre os países com maior esperança de vida no mundo, e regiões como Okinawa — uma das famosas zonas azuis — concentram um número impressionante de pessoas que ultrapassam os 100 anos. Estudos da OCDE e da Organização Mundial da Saúde apontam que a longevidade japonesa não depende apenas da genética: é sobretudo o resultado de escolhas consistentes no dia a dia.
Entre os principais hábitos dos japoneses centenários estão:
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Alimentação equilibrada: dieta rica em vegetais, algas, peixe e soja, com consumo moderado de carne vermelha e açúcar.
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Atividade física regular: caminhadas, trabalhos no jardim e exercícios suaves mantêm o corpo ativo.
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Laços sociais fortes: participar em grupos comunitários e cultivar amizades ajuda a prevenir o isolamento e reforça o bem-estar emocional.
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Rotina de descanso e relaxamento: valorizar o sono e reservar momentos para atividades tranquilas contribuem para equilibrar corpo e mente.
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Ikigai, o sentido de propósito: encontrar um motivo diário para viver aumenta a motivação e dá significado aos anos extra.
Estes elementos criam um estilo de vida sustentável, que protege o coração, previne doenças crónicas e promove vitalidade a longo prazo.
Como aplicar os hábitos japoneses de longevidade em Portugal
Apesar das diferenças culturais, muitos destes princípios podem ser incorporados na rotina dos portugueses. A Direção-Geral da Saúde recomenda a dieta mediterrânica, semelhante à japonesa pela abundância de vegetais, leguminosas, azeite e peixe. Adotar refeições equilibradas, evitar excesso de açúcar e priorizar alimentos frescos são passos simples para melhorar a saúde.
Caminhar regularmente, praticar jardinagem ou outras atividades ao ar livre ajuda a manter o corpo ativo e fortalece o sistema imunitário. Dedicar tempo à convivência com familiares, amigos ou vizinhos promove laços afetivos e reduz o stress — fatores essenciais para um envelhecimento saudável.
A longevidade não é apenas fruto do acaso. É consequência de escolhas conscientes ao longo da vida. Para quem tem mais de 50 anos, nunca é tarde para criar novos hábitos: cuidar da alimentação, manter o movimento, dormir bem e encontrar um propósito são estratégias acessíveis que prolongam a vitalidade e aumentam a qualidade de vida.