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Dez regras para investir melhor

Poupar e investir são dois conceitos que não devem ser separados. Poupar não deve ser o equivalente a um mealheiro: existem formas de capitalizar o seu dinheiro para o fazer crescer ao longo do tempo.

18 Janeiro 2020
Forever Young

Poupar e investir são dois conceitos que não devem ser separados. Poupar não deve ser o equivalente a um mealheiro: existem formas de capitalizar o seu dinheiro para o fazer crescer ao longo do tempo.

Conheça o seu perfil de investidor

O mercado disponibiliza diversos produtos financeiros, mas nem todos se adequam de forma generalizada a todas as pessoas. Antes de avançar para qualquer tipo de investimento, defina o seu perfil. Será um investidor conservador, indisponível para correr riscos para capitalizar o seu dinheiro? Se é este o seu caso, irá optar por soluções que permitam uma maior segurança, com rendimento mais baixo, mas garantido. Se, pelo contrário, está disposto a correr alguns riscos para obter ganhos maiores, insere-se no grupo de investidores moderados, que procuram uma capitalização superior e para isso investem em produtos de risco moderado, privilegiando a segurança de forma menos radical. O terceiro tipo de investidor é o mais arrojado, que dá prioridade a uma capitalização acima da média, mesmo que o grau de risco seja elevado.

Planeie os seus investimentos

Antes de investir, defina e registe em papel o nível de remuneração que pretende obter e o prejuízo que está disposto a incorrer durante o tempo que dura a subscrição do produto financeiro. Esta definição de objetivos é importante para revisitar se for necessário fazer uma reavaliação durante o período de investimento.

Saiba o grau do risco envolvido

Quando se investe as poupanças num produto financeiro, existe a expetativa de uma remuneração que esteja de acordo com o programa de investimento em que se apostou. Normalmente, isto implica abdicar do acesso ao dinheiro no presente para o fazer crescer no futuro. O risco associado é não reaver o seu capital, parcial ou totalmente. Os riscos associados aos investimentos estão diretamente relacionados com as condições de mercado, com os câmbios e com a inflação. Conheça bem o produto financeiro antes de o subscrever para ter em conta na sua decisão o grau de risco que está disposto a correr.

Previna situações de emergência

Lembre-se que ao fazer um investimento está a abdicar do acesso ao seu dinheiro. Deve, por isso, assegurar-se de que não vai precisar daquele capital até à maturidade do produto financeiro. Para ter um grau de segurança confortável, gere um fundo de emergência que contemple pelo menos seis meses de despesas fixas. Este montante poderá ser aplicado num produto financeiro com garantia de remuneração, mas sem risco de liquidez, para que possa recorrer a ele em caso de emergência. O eventual resgate antecipado desta aplicação deverá garantir a recuperação de todo o capital, mesmo que perca os juros contabilizados até à data.

Crie uma carteira investimentos

É boa ideia criar uma carteira de investimentos diversos, com diferentes montantes e graus de risco variáveis. Esta é uma forma de reduzir o risco, visto que mesmo que um dos investimentos desvalorize, existirá a compensação obtida em produtos financeiros de perfil conservador.

Cuidado com a inflação

Esteja atento à evolução da inflação. Este fenómeno económico consiste na subida generalizada dos preços de bens e serviços durante longos períodos de tempo e faz desvalorizar a moeda, o que na prática significa que o dinheiro investido no presente poderá não ter o mesmo valor no futuro. Para acautelar esta situação deverá investir em produtos com taxa de juro real (taxa de juro bruta – impostos – taxa de inflação) superior à inflação.

Contabilize todos os custos

Os produtos de investimento têm custos que deverá contabilizar para que a capitalização expetável não seja afetada. Alguns exemplos de custos associados a investimentos são as comissões de subscrição, resgate, venda ou gestão, as taxas cobradas por terceiros (bolsa), as comissões de transferência, os custos indiretos e, claro, os impostos.

Não invista no que não conhece

Se não conhecer bem ou não perceber todas as implicações de um produto financeiro, é possível que este não seja o melhor para o seu perfil de investidor. A solução é informar-se melhor, pedir ajuda especializada ou simplesmente escolher outro instrumento financeiro.

Pense a longo prazo

Para obter uma boa capitalização não deve pensar a curto ou a médio prazo. A remuneração depende da maturidade dos produtos financeiros, pelo que é importante investir com um objetivo futuro, definido no tempo. Poupar para a reforma é um bom exemplo de objetivo a longo prazo.

Peça ajuda especializada

Lembre-se que não há nada de errado em pedir ajuda se não tiver a certeza do risco envolvido em determinado investimento ou se estiver indeciso entre diferentes produtos financeiros. Esta ajuda especializada pode vir de uma instituição bancária, de um consultor independente ou de um intermediário financeiro. Mas lembre-se que pedir aconselhamento não é entregar os seus investimentos à responsabilidade de outrem. A decisão final é sua.

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