O Dia da Europa marca o aniversário da histórica Declaração Schuman de 1950, onde o fundador, Robert Schuman, expôs a ideia de uma nova forma de cooperação política no continente, na raiz da ideia moderna da UE.
O Dia da Europa ainda não é celebrado por todos os cidadãos da União Europeia e as recentes tentativas de o incentivar incluíram uma sugestão do Parlamento Europeu de 2022 de fixar o dia 9 de maio como o dia das eleições europeias, independentemente do dia da semana em que caia, ou de torná-lo num dia público férias em toda a União Europeia.
«A Europa não será feita de uma só vez, ou de acordo com um único plano. Será construída através de conquistas concretas que criem primeiro uma solidariedade de facto», pode ler-se n declaração Schuman.
São muitos os que acreditam que os aspectos culturais devem ser tidos em conta como passos em frente no processo de integração, e é precisamente aqui que entra em cena o nosso bem conhecido e apreciado pastel de nata.
De facto, uma iniciativa recente visa celebrar o Dia da Europa com este doce português, mas qual a razão?
«Este doce foi criado por monges do mosteiro de Belém, na zona de Lisboa. Séculos mais tarde, no mesmo mosteiro, foi assinado o tratado de Lisboa», explicou Pedro Lourtie, embaixador de Portugal na representação permanente do país junto da UE, em Bruxelas.
Nos mesmos salões onde os líderes da UE assinaram a importante fusão dos Tratados de Roma e de Maastricht, os monges aperfeiçoaram a receita do mundialmente famoso pastel de nata.
«O pastel de nata ocupa um lugar especial na história da Europa», acrescentou o embaixador.
A iniciativa foi lançada em Bruxelas no ano passado e concretizou-se com a hashtag #PastEUs nas redes sociais, onde as pessoas partilharam esta forma particular de celebrar o Dia da Europa.