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Dia Mundial Sem Tabaco: «O impacto do tabagismo na saúde digestiva», Daniela Abrantes, médica interna

Artigo de opinião de Daniela Abrantes, médica interna de formação específica em Gastrenterologia do Hospital Beatriz Ângelo, membro da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia

O Dia Mundial Sem Tabaco, assinalado a 31 de maio, é uma oportunidade para refletirmos sobre os efeitos prejudiciais do consumo de tabaco na saúde. Embora os danos causados sejam frequentemente associados às doenças respiratórias e cardiovasculares, é fundamental destacar também que tem um impacto significativo na saúde digestiva. Atualmente o tabaco é um conhecido fator de risco para múltiplas doenças gastrointestinais, uma vez que os seus componentes tóxicos, como a nicotina, as nitrosaminas e os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (considerados carcinogéneos do tipo 1) provocam alterações inflamatórias e genéticas na mucosa do aparelho digestivo.

De acordo com o relatório publicado em 2022 pelo Tobacco Atlas, 21% dos portugueses eram fumadores ativos e a mortalidade associada ao tabaco era de 7%. Estes números demonstram que, apesar dos esforços para reduzir o consumo, o tabagismo continua a ser um grave problema de saúde pública em Portugal.

Refluxo gastroesofágico

O consumo de tabaco a longo prazo prejudica o funcionamento do esfíncter esofágico inferior (a “válvula” que separa o esófago do estômago), facilitando os episódios de refluxo ácido para o esófago, contribuindo para o aparecimento de complicações como a esofagite. Os episódios de refluxo provocam sintomas como azia, ardor e dor no peito.

Úlceras gástricas e duodenais

O tabaco atua em conjunto com o Helicobacter pylori (bactéria presente no estômago de 60-80% dos portugueses), contribuindo para o desenvolvimento de úlceras gástricas e duodenais, pela redução dos mecanismos protetores (diminuição de prostaglandinas), aumento da produção de ácido e diminuição do fluxo de sangue na mucosa.

Pancreatite crónica

O tabagismo por si só, mesmo sem consumo de álcool associado, é um fator de risco para o desenvolvimento de pancreatite crónica. As toxinas presentes no fumo do tabaco provocam a destruição do tecido pancreático com consequente fibrose e perda de função pancreática.

Doença inflamatória intestinal

A relação entre o tabaco e a doença inflamatória intestinal é complexa, sendo um fator de risco estabelecido para a Doença de Crohn (DC). Os fumadores têm maior risco de ter a doença, que se apresenta habitualmente de forma mais agressiva, com maior necessidade de intervenções cirúrgicas e de tratamentos imunossupressores.

Neoplasias do aparelho digestivo

Os fumadores apresentam um risco significativamente superior de desenvolver neoplasia (cancro) do esófago, estômago, pâncreas, fígado, cólon e reto em comparação com os indivíduos não fumadores. No esófago, o tabaco em combinação com o álcool, são os principais fatores de risco para o carcinoma de células escamosas (subtipo de cancro do esófago). No estômago, aliado à bactéria Helicobacter pylori, contribuem para a gastrite crónica, que se caracteriza por inflamação persistente, que pode evoluir para o adenocarcinoma gástrico. No fígado, aliado ao álcool e a outros vírus, o tabaco contribui para o desenvolvimento do carcinoma hepatocelular. Por fim, no cólon e reto, o fumo do tabaco promove mutações genéticas que favorecem a formação de pólipos que, com o tempo, podem evoluir para adenocarcinoma colorretal.

Alterações do microbioma intestinal

A exposição prolongada ao fumo do tabaco altera significativamente a composição da microbiota intestinal, promovendo a disbiose, que se caracteriza pela redução da diversidade bacteriana e pelo aumento de espécies patogénicas, contribuindo para o desenvolvimento de doenças metabólicas e gastrointestinais.

Saúde em primeiro lugar: cuidar do presente para proteger o futuro

A cessação tabágica é uma medida fundamental para a prevenção e manutenção da saúde digestiva. Os benefícios para a saúde são imediatos, verificando-se uma redução do risco cardiovascular logo nos primeiros dias, mas também na saúde digestiva, a longo prazo, ao reduzir o risco de cancro e doenças gastrointestinais, e contribuindo para um equilíbrio intestinal mais saudável.

Posto isto, nunca é tarde para mudar. O primeiro passo para um futuro mais saudável e com mais qualidade de vida pode começar hoje. A escolha é sua: pela sua saúde, não fume.

Para mais informações sobre saúde digestiva consulte: https://saudedigestiva.pt/

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