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Dispositivos cardíacos, diabetes, glaucoma e solos levaram à distinção de cientistas portuguesas

10 Maio 2023
Forever Young

De aplaudir

As investigadoras Andreia Pereira, Joana Sacramento, Raquel Boia e Sara Peixoto são as premiadas das Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência 2022, por projetos relacionados com dispositivos cardíacos, diabetes, glaucoma e recuperação de solos, avança a Lusa.

Andreia Pereira (i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto), Joana Sacramento (Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa), Raquel Boia (iCBR – Instituto de Investigação Clínica e Biomédica da Universidade de Coimbra) e Sara Peixoto (Universidade de Aveiro) vão receber, cada uma, uma bolsa de 15 mil euros, indicou hoje a organização da iniciativa.

As Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência são uma iniciativa conjunta da empresa de cosmética L’Oréal Portugal, que financia as bolsas, da Comissão Nacional da Unesco e da Fundação para a Ciência e Tecnologia, que designa o júri que avalia as candidaturas.

As bolsas, atribuídas anualmente a quatro investigadoras de entre 31 e 35 anos, visam “promover a participação das mulheres na ciência, incentivando as mais jovens e promissoras cientistas, em início de carreira, a realizarem estudos avançados na área das ciências, engenharias e tecnologias para a saúde ou para o ambiente”.

O júri foi presidido pelo biofísico Alexandre Quintanilha.

Andreia Pereira, investigadora do i3S do Porto, está envolvida num projeto que, explicou à Lusa, pretende “estudar o uso de uma fonte de energia alternativa inesgotável, nomeadamente através da transformação da energia mecânica” do doente “em energia elétrica para alimentar” dispositivos cardíacos eletrónicos implantáveis.

Para isso, a equipa da qual faz parte propõe-se desenvolver nanogeradores triboelétricos biocompatíveis, que “funcionam de acordo com o princípio da eletricidade estática que é produzida, por exemplo, quando ocorre fricção de um lápis numa camisola de lã ou de um balão no cabelo”.

Os atuais dispositivos cardíacos implantáveis, como os ‘pacemaker’, têm baterias com “tempo de vida limitado”, sendo necessária uma cirurgia para substitui-las, o que, segundo Andreia Pereira, “acarreta um grande risco” para o doente.

A equipa pretende também usar os nanogeradores triboelétricos para desenvolver nanosensores que permitam monitorizar diariamente o desempenho de próteses vasculares e “enviar sinais de alerta para o médico, prevenindo a sua falha e a ocorrência de um evento vascular, como por exemplo um enfarte do miocárdio, que pode culminar com a morte do paciente”.

A investigadora Joana Sacramento, da Universidade Nova de Lisboa, disse à Lusa que o seu projeto visa desenvolver um algoritmo que “permita modular seletivamente e em tempo real” a atividade do nervo do seio carotídeo para tratar a diabetes tipo 2, sem afetar outras funções desempenhadas por este órgão, como o controlo dos níveis de oxigénio no sangue.

Este nervo, que estudos precedentes concluíram estar envolvido na diabetes tipo 2, liga “um pequeno órgão” localizado “bilateralmente no pescoço” ao cérebro.

Num trabalho anterior, Joana Sacramento e outros cientistas conseguiram reverter a diabetes em animais através da modulação bioeletrónica do nervo do seio carotídeo.

O algoritmo será desenvolvido com ferramentas de inteligência artificial, a partir de dados de caracterização da atividade do nervo em ratos diabéticos, e testado nos roedores numa primeira fase.

“Desta forma, poderemos validar e ajustar o algoritmo de modo a, no futuro, desenvolver um sistema em circuito fechado que avalie e corrija em tempo real a atividade no nervo do seio carotídeo, de forma automática e personalizada tendo em conta as características de cada doente”, explicou Joana Sacramento, que trabalha num laboratório que estuda estratégias de tratamento para distúrbios metabólicos.

Sara Peixoto, da Universidade de Aveiro, vai testar em laboratório a aplicação de bioestimulantes em amostras de solos degradados por incêndios florestais e agricultura intensiva e avaliar diferentes parâmetros, como a quantificação de nutrientes, que permitam “confirmar o possível restabelecimento da funcionalidade e vitalidade desses solos”, na presença ou ausência de plantas como o trigo e o pinheiro.

A investigadora esclareceu à Lusa que bioestimulantes “são produtos que contêm compostos naturais ou microrganismos na sua formulação” e “geralmente são utilizados na agricultura para promover o desenvolvimento de plantas, melhorar o rendimento das culturas e até melhorar a qualidade dos alimentos”.

“Quando estes microrganismos benéficos são aplicados em solos degradados, menos saudáveis, podem disponibilizar os nutrientes, como azoto ou fósforo, no solo ajudando a restabelecer as condições favoráveis para o desenvolvimento das plantas, ou seja, aumentando os níveis destes nutrientes nos solos”, adiantou.

No seu trabalho, Sara Peixoto vai olhar em particular para a área circundante das raízes de plantas e “avaliar os efeitos das interações” entre os microrganismos benéficos que entram na formulação de bioestimulantes e os microrganismos naturalmente presentes no solo (microbioma do solo).

A cientista, que espera obter os primeiros resultados no próximo ano, quer ainda perceber se os bioestimulantes podem ajudar o microbioma do solo a tolerar exposições a pesticidas.

Segundo Sara Peixoto, os bioestimulantes “podem ser uma mais-valia para o ambiente”, uma vez que, “tendo uma base de formulação natural, podem promover a recuperação da funcionalidade dos solos degradados e ao mesmo tempo promover a diminuição do uso de químicos”.

Raquel Boia, do iCBR de Coimbra, propõe-se desenvolver uma nova terapia para o glaucoma, atualmente sem cura, recorrendo a um implante intraocular capaz de libertar um medicamento que regenere o nervo ótico danificado e permita recuperar a visão.

O glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversível e caracteriza-se pela “perda substancial” de células ganglionares da retina e por danos no nervo ótico, que é constituído pelos prolongamentos destas células, os axónios. É o nervo ótico que transmite a informação visual ao cérebro.

“Na prática vai ser utilizado um implante intraocular biodegradável para a libertação de um fármaco que ativa o recetor A3 de adenosina que está presente nas células ganglionares da retina e que já sabemos que quando é ativado lhes confere proteção”, assinalou Raquel Boia à Lusa, acrescentando que a estratégia vai ser testada em células e animais.

No futuro, se for bem-sucedido, este implante intraocular biodegradável poderá substituir “as múltiplas injeções intravítreas necessárias no tratamento de doenças crónicas da retina”.

 

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