O consumo regular de refrigerantes está associado a um maior risco de mortalidade? Um estudo publicado na revista norte-americana “JAMA Internal Medicine” – o maior da Europa – é taxativo: sim. Os investigadores concluíram que existe uma relação entre o consumo de refrigerantes e a mortalidade prematura em dez países europeus.
A investigação, citada pelo “El País”, revelou que quem bebe dois copos de refrigerante por dia (o equivalente a meio litro) corre um risco de morte prematura 17% superior face àqueles que consumem apenas um copo a cada mês.
Mais: diz o artigo científico que a ingestão de alternativas light e zero açúcar revela um risco muito maior (26%) do que as opções tradicionais (8%).
Este estudo contou com 451.743 pessoas, recrutados entre o primeiro dia de 1992 e o último dia de 2000. Os participantes são da Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Itália, Holanda, Noruega, Espanha, Suécia e Reino Unido.
De acordo com os autores do estudo «estes resultados parecem apoiar as medidas de saúde pública em andamento para reduzir o consumo de refrigerantes». Há três anos, diz o diário espanhol, a Organização Mundial de Saúde incentivou os países a criarem impostos sobre as bebidas com açúcar, aumentando o seu preço em, pelo menos, 20%, tentando combater assim doenças como obesidade e diabetes.
Recorde-se que, o Governo de António Costa implementou a taxa de açúcar, em fevereiro de 2017, que pretendia incentivar a redução do consumo de bebidas açucaradas.