A equipa por trás do estudo, conduzido pelo UK Biobank e publicado na revista científica European Heart Journal, acredita que a sincronização do sono para corresponder ao nosso relógio biológico interno pode explicar a associação encontrada com um risco reduzido de ataques cardíacos, avança a BBC.
O UK Biobank é um banco de dados biomédico em grande escala, que contém informações genéticas e de saúde detalhadas de meio milhão de pessoas no Reino Unido.
Para chegar a estas descobertas, os investigadores reuniram dados sobre os tempos de sono e acordados de voluntários ao longo de sete dias com um dispositivo semelhante a um relógio de pulso.
E acompanharam o que aconteceu com os participantes em termos de saúde cardíaca e circulatória durante uma média de seis anos.
Pouco mais de 3 mil adultos desenvolveram doenças cardiovasculares. Muitos desses casos ocorreram em pessoas que foram para a cama mais tarde ou mais cedo do que o “ideal” das 22h às 23h.
O autor do estudo, David Plans, da Universidade de Exeter, em Inglaterra, disse: “Embora não possamos concluir a causalidade de nosso estudo, os resultados sugerem que o relógio biológico pode ser afetado dependendo da hora a que vamos dormir, com consequências adversas para a saúde cardiovascular”.
“O horário mais arriscado é depois da meia-noite, potencialmente porque pode reduzir a probabilidade de ver a luz da manhã, o que apaga o relógio biológico.”