O recente relatório “Fading Away” (a desaparecer) da organização não-governamental norte-americana Human Rights Watch acusa instituições que recebem doentes com demência de utilizarem medicamentos por aprovar para controlar os seus comportamentos. As conclusões deste relatório dizem que entre os fármacos estão na sua maioria antipsicóticos, que põem em risco a vida dos pacientes.
O principal efeito negativo destes medicamentos é provocar o excesso de horas a dormir, o que leva os doentes a falharem muitas refeições e a grandes perdas de peso, músculos mais debilitados e, consequentemente, a maiores dificuldades de mobilidade. Isto acaba por comprometer a higiene pessoal e a saúde dos pacientes.. As impugnações aos medicamentos têm uma resposta intimidatória por parte das várias instituições.
A autora do relatório Bethany Brown, cita o semanário Expresso, diz que «quando os idosos são silenciados com drogas em vez de receberem apoio centrado na pessoa, isso põe em risco a sua saúde e insulta a sua humanidade». Isso porque os doentes com demência «necessitam de uma mão que as ajude e compreenda, não de um comprimido», acrescentou.
Autoridades especializadas na qualidade e segurança dos cuidados da terceira idade já tinham realizado uma audiência sobre este problema e ainda vai realizar o seu próprio relatório. No entanto, a utilização de medicamentos que ainda não foram aprovados foi, na altura, subvalorizado com uma mera indicação para minimizar esse uso.
A Human Rights Watch imputa nas instituições que tratam doentes com demência, no caso, de atacarem os direitos humanos. Além de ter mencionado que esta situação já havia sido criticada pela ONU, em 2013.