Muitas doenças são recentes mas outras estão connosco há séculos, como a hanseníase.
A hanseníase, também conhecida por lepra, é a doença infectocontagiosa mais antiga de que se tem registo.
Apesar da descoberta de seu causador ter ocorrido em 1873, existem registos na literatura dessa doença na China, Egito e Índia antes de Cristo. No século 6 a.C., já havia relatos sobre a enfermidade.
Inicialmente a doença era considerada uma enfermidade ligada a algum castigo divino ou impureza, por isso, os indivíduos acometidos eram excluídos da sociedade.
Como a cura não era conhecida, todas as pessoas com o problema eram obrigadas a vestir roupas diferenciadas e a carregar sinetas que mostravam à restante população de que iam passar.
A hanseníase é uma doença bacteriana causada pelo Mycobacterium leprae (Bacilo de Hansen).
Pode ser transmitida através do contato com secreções que saem do nariz ou através da saliva do doente. Essa bactéria do tipo bacilo foi descoberta por Gerhard Armauer Hansen.
A hanseníase atinge inicialmente a pele e os nervos. O primeiro sintoma é o aparecimento de manchas na pele de cor pálida. Nesse local, não nascem pelos, não ocorre a transpiração e não há sensibilidade. Pode ocorrer também dormência e perda do tônus muscular.
Se não for tratada adequadamente, a doença pode causar incapacidades físicas permanentes. É importante destacar também que a hanseníase não acomete somente a pele, podendo afetar olhos, rins, testículos, fígado, suprarrenais e baço.