Ensaio: Opel Mokka X 1.6 CDTI Innovation

A nova geração deste SUV recebe um X na sua designação, um novo visual, mais equipamento e agora, também passa a pagar apenas classe 1 nas portagens.

O Opel Mokka foi visto pela primeira vez em 2012 e estava destinado a rivalizar numa das categorias que mais adeptos tem conquistado nos últimos anos, a dos SUV. No entanto, a sua entrada no mercado nacional foi uma espécie de remate na trave, uma vez que na atribuição das classes de portagem foi presenteado com o segundo patamar de preço devido a uma medida mais elevada do capot. Os números de vendas ficaram, obviamente, muito aquém do esperado, mas mesmo assim, o Mokka conseguiu conquistar diversos clientes uma vez que se tratava de um produto verdadeiramente interessante.

Nos primeiros ensaios efetuados a este modelo, o principal defeito tinha mesmo a ver com a questão das portagens, mas não havia mais nada a fazer do que aguardar por uma nova geração do Mokka ou por uma atualização da forma como são atribuídas as classes de portagem a cada modelo. A nova geração chegou em 2016, com um desenho mais agressivo, novas óticas dianteiras e luzes de condução diurna em LED com a nova assinatura visual da marca. Já o segundo ponto ficou resolvido apenas no final do ano passado, com a possibilidade de pagar apenas classe 1, desde que o carro esteja equipado com um sistema de pagamento automático de portagens, ou seja, uma via verde.

Entretanto, os anos passaram e o mercado evoluiu, sendo que o dos SUV continua completamente ao rubro. E apesar do Opel Mokka continuar a ser um produto bastante competitivo, há diversas novidades mais modernas de outras tantas marcas. Algumas até, dentro da própria marca.

Apesar disso, conduzir o Mokka continua a ser uma experiência gratificante. O chassis e a suspensão deste SUV permitem-lhe uma excelente precisão e estabilidade em curva, apesar da altura mais elevada e dos pneus de maior perfil. O motor de 1.6 litros e 136 cavalos de potência depende um pouco do turbocompressor e detesta quando deixamos o ponteiro do conta-rotações passar para baixo das 1.500 rpm. Com o passar dos quilómetros, à medida que nos vamos habituando, no entanto, o motor acaba por se revelar bastante simples de utilizar e ainda nos oferece a recompensa de registar médias de consumo mais comedidas e que ficam facilmente abaixo dos seis litros.

Em cidade, o valor sobe um pouco, mas há sistema de parecem funcionar de uma forma mais evoluída, tal como aquele que desliga o motor nos semáforos. Em vez de voltar a ligar o motor assim que carregamos no pedal da embraiagem, o sistema do Mokka apenas o faz quando tiramos o pé do travão, dando a indicação ao sistema de que vamos mesmo arrancar.

No habitáculo do Mokka encontramos uma boa posição de condução, mais vertical, mas bastante correta e com regulações amplas que nos permite adaptá-la praticamente a qualquer estatura. O espaço disponível a bordo é generoso, mesmo para quem viaja nos lugares traseiros e não existem ruídos parasitas indesejados.

Também presente está a nova geração do sistema de infoentretenimento IntelliLink com a possibilidade de ligação a smartphones com sistemas Android e iOS, espelhando muito do seu conteúdo no monitor tátil instalado mesmo ao centro do tablier do Opel Mokka.

Os preços do Opel Mokka equipado com uma motorização diesel começam nos 28.650 euros da versão “120”, comemorativa dos 120 anos de produção automóvel da marca alemã. A versão Innovation, com que tivemos oportunidade de passar uns dias, representa o topo da oferta em termos de equipamento e tem um valor base de 31.250 euros.

Texto de André Mendes (Automonitor).
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