Ensaio: Renault Captur Exclusive TCe 130

Quase parece um Renault Clio, mas é bem maior, tem muito mais espaço a bordo, versatilidade e um formato que está mais do que na moda.

O novo Renault Captur é um dos modelos responsáveis pelo verdadeiro impacto que os SUV tiveram no mercado. Os seus números de vendas são cada vez mais expressivos, principalmente porque o Captur constitui uma clara alternativa ao Clio, que já é um dos modelos mais vendidos do mercado nacional. Além disto, no entanto, o SUV mais compacto da Renault conta ainda com uma imagem jovem e apelativa, num misto de pequeno todo-o-terreno e nostalgia, uma vez que já diversas pessoas o apontaram com a versão moderna da mítica 4L. O Captur conta com versões que incluem níveis de equipamento bem recheados e não custam uma fortuna, sendo que a unidade que aqui lhe mostramos é mais uma das que está equipada com a nova motorização a gasolina de apenas 1,3 litros, mas que recorre à sobrealimentação para conseguir um valor máximo de potência de 130 cavalos.

Se escolhermos o nível de equipamento Exclusive, o segundo da lista, imediatamente a seguir à versão base, ficamos com um preço final a rondar os 23 mil euros, mas que é acompanhado de elementos como o sistema de iluminação em LED, o ar condicionado automático, o cartão mãos-livres que substitui a chave do carro e nem precisa sair do bolso ou da mala, o sistema de navegação e as ligações Android Auto e Apple CarPlay, para que possa ligar/carregar o seu telefone e visualizar algum do seu conteúdo no monitor tátil existente na consola central.

A bordo, a posição de condução é mais vertical que o habitual, mas é fácil obter um bom resultado com apenas alguns ajustes. O painel de instrumentos é idêntico ao do Renault Clio, com a presença do velocímetro digital mesmo ao centro e com o nível do combustível e do conta-rotações nas zonas laterais. Os espaços de arrumação não são numerosos, mas os existentes contam com uma boa capacidade, sendo que nos vemos forçados a destacar a gaveta que substitui o porta-luvas, oferecendo um melhor acesso e com mais capacidade, mas também o espaço existente na zona superior do tablier, que também nos deixa fazer desaparecer diversos pequenos objetos que poderão andar espalhados pelo habitáculo.

Lá atrás, o espaço disponível é perfeito para duas pessoas das que costumam vir acompanhadas de mochilas, mas se as necessidades de carga forem maiores, ainda está presente uma generosa bagageira com um piso amovível, que se pode colocar em duas alturas diferentes, aumentando a capacidade, ou criando um novo espaço de arrumação debaixo do piso.

Já o novo motor a gasolina que temos vindo a encontrar em diversos modelos da marca, continua a destacar-se pela positiva, uma vez que oferece uma facilidade de condução quase como se se tratasse de um diesel, com médias de consumo que também não andam muito longe. A caixa de velocidades manual de seis relações está bem escalonada e consegue um bom desempenho em cidade, mas também um baixo regime em autoestrada, privilegiando as médias de consumo indicadas pelo computador de bordo. Se estiver mesmo determinado em melhorar a sua condução, com o objetivo de reduzir as médias de consumo até ao mínimo possível, o sistema Driving Eco2 poderá dar uma grande ajuda, uma vez que inclui diversas dicas de condução para o dia-a-dia e lhe atribui uma pontuação Eco sempre que conduzir o Captur. Assim que chegar ao destino poderá verificar o valor obtido, numa escala de 100, e verificar onde poderá melhorar, de forma a poupar mais combustível.

Em termos de personalização, os 23 mil euros que esta versão do Captur custa, já inclui a pintura metalizada de dois tons e as jantes de liga leve de 17 polegadas que vê nas imagens. Mas além de tudo isto, a gama Captur ainda conta com diversos conjuntos de elementos decorativos para o habitáculo e até para a carroçaria, que podem adicionar alguma cor ao habitáculo ou ao exterior do Captur.

Texto de André Mendes (Automonitor).
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