Ao unir o luxo, criatividade e produção artesanal, a Portlux representa «um verdadeiro tributo à riqueza cultural e histórica de Portugal». Desde vestuário, calçado e joalharia até cosméticos exclusivos, «cada peça apresentada é uma celebração da excelência e da criatividade nacionais», refere em entrevista à Forever Young, Ana Patrícia Cruz, fundadora e CEO da Portlux.
Mais do que um marketplace, a Portlux «oferece uma experiência única que conecta os clientes às histórias de gerações dedicadas ao bem-fazer», refere Ana Patrícia Cruz. Cada produto «é escolhido com rigor, refletindo a paixão pelo detalhe e pela qualidade que define o melhor da produção nacional», sublinha a responsável pela Portlux.
Como surgiu a Portlux?
A PORTLUX nasceu de uma paixão antiga por moda. Desde miúda que me lembro de ver as revistas nacionais, que surgiram em finais da década de 80 e princípios de 90, e de ficar fascinada com as criações de alta-costura de Paris e de Milão. Tudo transportava para uma imagem idílica e um mundo de sonho. Os cortes perfeitos, tecidos de alta qualidade, desfiles muitíssimo cuidados. Nesta altura, Portugal estava a dar os primeiros passos no desenvolvimento da moda nacional. Ao nível da alta-costura tínhamos o costureiro José Carlos, que era de uma maestria ímpar. Depois, a vida seguiu, e sempre continuei a acompanhar este universo da moda, como espectadora atenta. Por volta de 2019/2020, aliando este gosto pela moda, com a minha formação profissional em Gestão de Empresas, comecei a procurar o que existia de marcas nacionais no mercado e foi assim que nasceu a PORTLUX.
Que necessidade do mercado identificaram e de que modo serviu de base ao nascimento da plataforma?
Havia uma escassez de oferta de produtos uniformizada para este segmento muito próprio e distintivo. Um dos principais desafios identificados foi a falta de conhecimento da produção nacional de qualidade, apesar de existirem produtos marcas que podem perfeitamente competir com nomes consolidadas no mercado internacional. Felizmente, surgiram surpresas bastante positivas, nomeadamente no campo da cosmética, onde se produz a nível nacional produtos de alta qualidade. No setor têxtil, calçado e joalharia, embora já fosse reconhecida a excelência artesanal portuguesa, também se registaram descobertas interessantes, com marcas que revelaram verdadeiras inovações. O próprio design das peças evoluiu muito. No princípio do milénio, face à ameaça da produção chinesa, começou a notar-se mudanças nas empresas, muitas delas de cariz familiar. Uma nova geração apostou na inovação em termos de design, de matérias-primas, de técnicas de produção, com a valorização do que é tradicional, mas com um toque moderno.
Olhando para o ADN da Portlux, quais são os princípios que regem a sua atividade e qual a sua missão e filosofia?
Os princípios que nos regem são a qualidade, intemporalidade, exclusividade, cultura e confiança. A nossa missão é valorizar e elevar o bem-fazer da excelência nacional. Queremos tornar a PORTLUX na maior plataforma de produtos premium e de luxo portugueses, agrupando num mesmo destino o que se faz de melhor em Portugal, tornando o país num inequívoco sinónimo de qualidade.
Podemos então perceber que só vão ter produtos nacionais?
Exatamente! O objetivo da PORTLUX é a comercialização e divulgação única e exclusiva de produtos 100 % nacionais.
Que marcas podem os nossos eleitores lá encontrar?
Atualmente, na PORTLUX podemos encontrar marcas de roupa, calçado, joalharia e cosmética. No calçado temos marcas como a MARIANO ou a Miguel Vieira, autênticos referentes nacionais do sector. Na joalharia, Joana Mota Capitão e nos cosméticos temos Catarina Barbosa, Eau de Marie. Por fim, na roupa temos Francis Stories, Gabriela Baptista, CURA Fashion Design, entre outras.
De que modo foram elas selecionadas?
A abordagem tanto pode ser feita pela PORTLUX, como podem ser as marcas a entrar em contacto e manifestar o seu interesse em estar presente no site. Nunca esquecendo que têm que ser empresas nacionais, com a produção sediada em Portugal.
Contam ter em breve mais marcas?
Sim! O objetivo da PORTLUX passa pela catalogação contínua de marcas nacionais de diferentes setores que se encaixam nos nossos princípios. Pretendemos alcançar mais sectores, tais como decoração, cerâmicas, perfumaria, arte.
De que forma caraterizam a criatividade nacional? Tem ela vindo a evoluir?
A criatividade nacional tem evoluído muito. Somos investidores na procura de novos materiais, soluções sustentáveis e no desenvolvimento de novas técnicas e processos produtivos. A maioria das empresas nacionais são de pequena e média dimensão e passam de geração em geração. No início dos anos 2000, a globalização e a concorrência de mercados com produção manifestamente mais barata, tiveram um impacto muito forte na indústria têxtil e de calçado. Isto obrigou a uma necessidade de mudança, o que fez com que as empresas tivessem que sair da sua zona de conforto e procurar novas soluções para continuar de portas abertas. Foi uma necessidade de mudança que impulsionou a renovação. As segundas e terceiras gerações trouxeram essa lufada de ar fresco. Presencio essa criatividade presentemente. Existe a vontade de criar, existe criatividade. Claro que fatores externos podem dificultar a materialização desse ímpeto criativo, mas sem dúvida que esse pulsar de criatividade existe.
Podemos afirmar que o tradicional é hoje mais procurado pelos portugueses?
A tradição pode evoluir e adaptar-se a novas interpretações, mas a sua essência e identidade permanecem sempre presentes. E isso podemos constatar na forma como se trabalha o ouro, como se trabalha uma peça de joalharia, como se executa uma peça de roupa, como se borda uma toalha, como se trabalha uma pele para executar uma mala ou uns sapatos. A maioria dos portugueses não valorizam os produtos nacionais de qualidade, muitas vezes por desconhecimento e até mesmo por questões económicas. No entanto, quando não é por questões financeiras, acredito que a principal barreira seja a falta de conhecimento sobre a oferta nacional e a perceção errada de que os produtos estrangeiros são melhores.
Na vossa ótica o que é um produto ou uma proposta autêntica?
Uma proposta autêntica está, a meu ver, intrinsecamente ligada com a qualidade. Depois, se falamos numa peça de calçado, vestuário ou de um acessório, podemos aliar a intemporalidade. Se a tudo isto unirmos o bem-fazer nacional, a nossa herança cultural, as nossas tradições artesanais, então temos uma proposta autêntica nacional.
Qual o processo de escolha dos produtos que encontramos na Portlux?
Até ao momento, e uma vez acordada a parceria entre uma marca e a PORTLUX, tem sido difícil deixar de fora um ou outro produto. O nosso compromisso traduz-se numa seleção e curadoria de produtos cuidada, apoiada numa estreita colaboração com as marcas, com foco na colaboração, valorização e respeito mútuo.
Qual a mais-valia de comprar na vossa plataforma?
A PORTLUX nasceu da necessidade de preencher uma falha no mercado, onde faltava uma oferta uniformizada para este segmento. O nosso principal diferencial é precisamente criar um destino de referência para produtos portugueses de elevada qualidade.
O nosso objetivo é proporcionar ao cliente uma experiência próxima e de confiança, garantindo a sua satisfação em todas as fases do processo – desde a descoberta de produtos e à navegação pelo site, até ao serviço de pós-venda, nomeadamente entrega e acompanhamento. Queremos que cada compra seja tão atenciosa e cuidada quanto a hospitalidade que tão bem nos caracteriza e que deixa sempre vontade de voltar.