Sandra Bullock perdeu o companheiro de longa-data, Bryan Randall, após uma dura luta contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA).
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença rara que causa a degeneração progressiva das células nervosas do cérebro, responsáveis pelo controle dos movimentos voluntários.
A pessoa sofre de paralisia gradual, perdendo a capacidade de falar, realizar movimentos, engolir e respirar por conta própria. Ainda não há cura para a ELA, mas existem tratamentos capazes de diminuir a progressão da doença e garantir melhor qualidade de vida aos pacientes.
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) caracteriza-se pela degeneração das células nervosas responsáveis pelo controle dos movimentos musculares.
Quando isso acontece, o cérebro, a medula espinhal e os músculos não conseguem comunicar entre si. Dessa forma, a pessoa com ELA apresenta dificuldade para andar, falar, mastigar e realizar outros movimentos executados automaticamente.
A ELA é progressiva, ou seja, os sintomas vão piorando gradualmente com o passar dos anos.
Na fase mais avançada, a doença compromete funções vitais como a respiração, e a pessoa passa a depender de ventilação mecânica de forma constante, ou especificamente durante a noite
Existem dois tipos da doença:
Esporádico: considerado o mais comum, responsável por cerca de 90% a 95% dos casos. Eles são aleatórios, ou seja, não têm causa conhecida.
Familiar: ao contrário do esporádico, esse tipo está associado ao histórico familiar, ou seja, a doença é hereditária.
Na maioria das vezes, os sintomas da esclerose lateral amiotrófica aparecem entre os 55 e 75 anos de idade, mas há casos em que eles surgem em pessoas mais jovens. Homens e mulheres estão suscetíveis a desenvolver a doença, com uma leve predominância para o sexo masculino.
Quais são as causas e fatores de risco da esclerose lateral amiotrófica?
Cerca de 10% dos casos de esclerose lateral amiotrófica estão ligados à genética. Nos demais casos, as causas são desconhecidas, mas alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença:
Idade: a doença é mais comum em pessoas entre os 55 e 75 anos de idade;
Tabagismo: alguns estudos apontam que fumar pode ser um fator de risco ambiental para ELA, sendo mais nocivo entre mulheres na menopausa;
Exposição a produtos químicos: o chumbo e outras substâncias tóxicas podem ser fator de risco para ELA, mas não há conclusões consistentes sobre essa relação.
Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas de ELA começam de forma sutil e, por isso, é comum que sejam negligenciados num primeiro momento. Esses sinais de alerta incluem:
Fala anasalada e arrastada;
Dificuldade para mastigar ou engolir;
Contrações musculares nas pernas, braços, ombro ou língua;
Cãibras musculares;
Músculos tensos e rígidos (espasticidade);
Fraqueza muscular em algum dos membros, pescoço ou no diafragma.
Conforme a doença se agrava, a fraqueza e a atrofia muscular avançam para outras partes do corpo. Por exemplo, a ELA paralisa os músculos utilizados para respirar, levando a dificuldades respiratórias. A intensidade e o avanço dos sintomas variam de uma pessoa para outra.
Importante: pessoas com ELA não perdem a capacidade de raciocínio e memória.