Autoengano
A nossa mente é uma mestra da manipulação. Os psicólogos chamam de “preconceitos cognitivos”. Convencemo-nos de que seremos felizes se conseguirmos isto ou aquilo e depois ficamos desapontados. Porque? Porque as nossas prioridades estão erradas.
A regra dos quarenta por cento
Acreditamos que as circunstâncias da vida desempenham um papel decisivo na nossa felicidade, mas os investigadores discordam. Isto só é verdade se as nossas necessidades básicas não forem satisfeitas: elas influenciam apenas dez por cento. Os outros cinquenta por cento da nossa felicidade devem-se a fatores genéticos. Não podemos controlar a sorte ou o ADN. A boa notícia: ainda temos quarenta por cento sobre os quais temos controle. E é formada por hábitos, pensamentos, atitudes e ações. A felicidade pode ser trabalhada.
O termostato emocional
Imagine que ganha a loteria. Será mais feliz? Bem, não. Haverá um pico, mas depois de três semanas começará a retornar ao nível anterior e depois de um ano não haverá diferença estatística. Os psicólogos chamam de “ponto de referência da felicidade”. Sabe-se agora que o ponto é na verdade uma bifurcação. A nossa felicidade move-se dentro de certos parâmetros. Permanece estável ao longo da vida, como um termóstato ajustado a determinadas temperaturas.
Adaptação hedonística
Por que voltamos ao nosso nível anterior de felicidade, mesmo que coisas boas aconteçam? Porque nos acostumamos com o bem. Este fenómeno é conhecido como ‘adaptação hedonista’ e Santo Agostinho já escrevia que “o desejo não tem descanso”. Simplificando, quando alcançamos algo, queremos mais. É por isso que caímos em loops.
O sistema ‘psicoimune’
Somos muito maus a prever as reações a eventos vantajosos, mas também a eventos adversos. O esforço diário, o progresso e a procura pelo sentido da vida ajudam a normalizar os seus níveis. Por que isso acontece? Para resiliência. Da mesma forma que o sistema imunitário defende das infecções, um sistema “psicoimune” protege-nos das circunstâncias.
O limite salarial da felicidade
O dinheiro não compra felicidade, mas adoça a vida, até deixar de adoçá-la…
A síndrome da medalha de prata
Outra das partidas que o cérebro nos prega, e que nos deixa infelizes, é que ele valoriza em termos relativos. Na vida quotidiana, a mente compara-se com pessoas que tiveram sucesso ou são mais bonitas ou ganham mais. Não faça isso.
A fábrica de sorrisos
A melhor notícia é que a felicidade, a longo prazo, pode ser fabricada. E a fábrica está no nosso cérebro.