“Estes acordos estão muito próximos de serem concluídos. É claro que os levaremos ao Congresso para revisão, mas poderemos estar a algumas semanas de os concluir”, indicou o chefe da diplomacia norte-americana durante uma audição numa comissão da Câmara dos Representantes.
Além deste acordo de cooperação entre Washington e Riade, Blinken defendeu que, para se conseguir a normalização das relações entre Israel e a Arábia Saudita, será necessário acabar com a guerra na Faixa de Gaza e alcançar um “caminho credível” para a paz.
A administração do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não tornou públicos os detalhes do “megapacto”, que pretende assegurar que a Arábia Saudita e Israel estabeleçam relações diplomáticas, e que ficou em segundo plano após o ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro contra Israel e o início da ofensiva israelita no Faixa de Gaza.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, e o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, reuniram-se no fim de semana na Arábia Saudita para dar um novo impulso às negociações.
Segundo a imprensa norte-americana, o acordo de cooperação com os Estados Unidos permitiria a Riade, que rivaliza com o Irão na região, um acesso duradouro a armas norte-americanas avançadas, sem que a sua transferência fosse interrompida por incidentes diplomáticos.
A Arábia Saudita também pressionou para que o acordo lhe permita enriquecer urânio, embora Washington possa impor algumas condições para evitar a abertura de um possível programa de armas nucleares.
Em troca destas concessões, a Arábia Saudita concordaria em limitar a tecnologia chinesa nas suas redes mais sensíveis.
Assim que chegarem a um acordo, o próximo passo será conseguir que Israel concorde em criar um Estado palestiniano e acabar com a guerra na Faixa Gaza, embora o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, se oponha.
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