De acordo com um novo estudo, os ganhos na esperança de vida registados nos últimos dois séculos estão a abrandar, refere a Euronews.
Os avanços na tecnologia médica e na investigação genética, para não falar do maior número de pessoas que chegam aos 100 anos, não estão a traduzir-se em saltos acentuados no tempo de vida em geral, de acordo com investigadores que descobriram que os aumentos de longevidade estão a diminuir nos países com as populações mais envelhecidas, refere a noticia
“Temos de reconhecer que há um limite” e talvez reavaliar os pressupostos sobre quando as pessoas se devem reformar e quanto dinheiro vão precisar para viver as suas vidas, disse S. Jay Olshansky, um investigador da Universidade de Illinois-Chicago e o autor principal do estudo publicado na segunda-feira na revista Nature Aging, citado pela Euronews.
Mark Hayward, um investigador da Universidade do Texas que não participou no estudo, considerou-o “uma adição valiosa à literatura sobre mortalidade”.
“Estamos a atingir um patamar” na esperança de vida, disse Hayward, e embora seja sempre possível que algum avanço possa levar a uma maior sobrevivência a patamares mais elevados, não o temos agora”.
As mulheres continuam a viver mais tempo do que os homens e continuam a verificar-se melhorias na esperança de vida, mas a um ritmo mais lento.
De acordo com os investigadores, em 1990, a média de melhoria era de cerca de 2,5 anos por década, mas caiu para 1,5 anos na década de 2010.
Num cálculo, estimaram o que aconteceria nestes países se todas as mortes antes dos 50 anos fossem eliminadas.
O aumento, na melhor das hipóteses, seria de apenas 1,5 anos, disse Olshansky.