Estudo internacional revela uma conclusão alarmante: AVC deve matar quase 10 milhões de pessoas por ano em 2050

As mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC), segunda principal causa de mortalidade no mundo, deve passar para 9,7 milhões em 2050. É o que aponta um estudo publicado na revista The Lancet Neurology.

Num cenário de aumento contínuo de casos e alta mortalidade, é essencial saber identificar os sintomas iniciais, já que o tempo é um fator decisivo nesta doença, além de adotar medidas de prevenção, que podem reduzir muito os riscos.

Acidente Vascular Cerebral é uma doença caracterizada pela interrupção de fluxo sanguíneo para o cérebro, causado por um problema nos vasos, artérias ou veias. Se acordo com os investigadores os casos de AVC estão a aumentar significativamente entre adultos jovens e de meia-idade, abaixo dos 55 anos, sendo a terceira causa de incapacidade no mundo. Cerca de 70% das pessoas não regressa ao trabalho após um AVC devido às suas sequelas, e 50% ficam dependentes de outras pessoas no dia a dia.

Os principais sintomas consistem em fraqueza ou formigueiro na face, braço ou perna; desvio da rima labial, com a boca torta ao falar; confusão mental, alterações da fala, visão, equilíbrio, coordenação motora e dor de cabeça forte e súbita.

As principais formas de prevenção do AVC estão relacionadas com os hábitos de vida, como a realização de atividades físicas, alimentação equilibrada, controle de fatores de risco como hipertensão, diabetes e colesterol.

Existem dois tipos de Acidente Vascular Cerebral, o isquémico e o hemorrágico. No isquémico, tipo mais comum e que representa cerca de 80% de todos os casos, uma artéria do cérebro é bloqueada e o tecido que depende dela sofre com a falta de oxigénio, causando danos.

Já o hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe e sangra para o tecido cerebral. Pode ocorrer devido a uma pressão arterial muito alta, aneurisma (dilatação frágil de uma artéria) ou outros problemas nos vasos sanguíneos.

Nos dois casos a rapidez no atendimento é fundamental para diminuir a possibilidade de sequelas. Quanto mais depressa for iniciado o tratamento, mais hipóteses se tem de salvar os neurónios que estão em sofrimento.

Após o aparecimento dos sintomas o doente tem até quatro horas e meia para iniciar o tratamento, que pode ser realizado com uso de medicamentos que ajudam a dissolver o coágulo; procedimento de cateterismo, para desobstruir a artéria através de um cateter; cirurgias para conter a hemorragia e aliviar a pressão intracraniana, entre outros.

 

 

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