Segundo um estudo da Escolha do Consumidor, 38% dos inquiridos pretende gastar entre 500€ e 1.000€ nas suas férias de verão, enquanto 26% aponta para um orçamento entre 1.000€ e 2.000€.
Num retrato fiel das tendências atuais, 49% dos entrevistados afirma que o orçamento se mantém igual ao do ano passado, sinal de estabilidade, apesar da incerteza económica. Já 24% tenciona reduzir despesas e 17% admite que vai gastar mais este ano.
Os destinos costeiros continuam a liderar as preferências: 28% escolhe praias e zonas balneares, enquanto 17% aposta no turismo cultural, com visitas a cidades históricas e museus. A ligação à natureza também marca presença, com 15% a preferir trilhos, parques naturais e atividades de aventura.
Outras opções incluem turismo rural (10%), pacotes “tudo incluído” (10%) e escapadinhas para grandes cidades internacionais (11%). Já os destinos exóticos e tropicais seduzem 8% dos portugueses.
O estudo revela que 49% dos portugueses começa a planear as férias com 3 a 6 meses de antecedência, sendo que 25% prefere organizar tudo com mais de meio ano de antecedência. Apenas 5% deixa tudo para o último mês.
Plataformas online como Booking ou Airbnb são as mais utilizadas (47%), seguidas por agências físicas (22%) e marcações diretas com os alojamentos (15%). O boca-a-boca, ainda assim, mantém importância, com 8% a confiar nas recomendações de amigos e familiares.
O que motiva os portugueses a viajar?
Mais do que luxo ou ostentação, a motivação principal é clara: relaxar e descansar (31%). A seguir vêm as visitas a pontos turísticos (26%) e a exploração da gastronomia local (16%). Atividades culturais (13%) e desportivas (6%) também surgem como parte integrante da experiência, sobretudo entre viajantes mais maduros.
Se o fator tempo e orçamento não fosse uma limitação, 44% escolheria destinos na Europa, com destaque para Espanha, França e Itália. América do Sul (19%) e Ásia (17%) são também regiões desejadas.
Quando chega o momento de decidir o destino, o preço lidera como principal fator (28%), seguido pelo clima (22%) e pela segurança (16%). A acessibilidade, gastronomia e reputação dos locais também pesam na balança. Curiosamente, a sustentabilidade ambiental só influencia 2% dos inquiridos, embora se espere que esta consciência aumente nos próximos anos.
Para 61% dos portugueses, as férias são vividas em família. As viagens a dois (19%) e com amigos (9%) também são comuns, enquanto apenas 9% viaja sozinho. Os grupos organizados têm pouca adesão (2%).
A maioria dos entrevistados prefere pagar a totalidade das férias antecipadamente (46%). Métodos como MB Way e transferências bancárias (20%), parcelamentos sem juros (18%) e cartões de crédito (15%) são também comuns.
Na hora de escolher onde ficar, os hotéis continuam a ser a opção mais popular (40%), seguidos por moradias (14%) e resorts com tudo incluído (11%). Alojamentos locais, como Airbnb ou apartamentos turísticos, têm a preferência de 9% dos viajantes.