Com o mote “O fogo que se fez terra”, o evento junta música clássica, jazz, artes cénicas e sessões participativas com a comunidade e vai decorrer nas nove ilhas do arquipélago.
O FIA arranca no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo (Terceira) com o espetáculo “Arte em Nós – Fuga: E se a coragem tivesse um gesto, qual seria?”, com direção artística da coreógrafa Teresa Simas. O projeto inspirado em relatos das memórias da revolução de 1974 e das transformações coletivas que se seguiram ao 25 de Abril.
Em São Miguel, o Teatro Micaelense recebe, a 13 de setembro, um concerto dedicado à obra de Chopin e árias de ópera italiana e francesa. Na primeira parte, a consagrada pianista Gülsin Onay irá juntar-se à Sinfonietta de Ponta Delgada com o Maestro Amâncio Cabral. Na segunda parte, a soprano portuguesa Carla Caramujo, referência consolidada da sua geração na área do canto lírico, brindará a audiência com excertos de óperas de Puccini, Bizet, Donizetti e Verdi.
Já no dia 15 de setembro, a peça de teatro “O meu amigo H” de Albano Jerónimo e Cláudia Lucas Chéu vai estar em exibição, também no Teatro Micaelense. E no dia 20 de setembro, o FIA convida a uma viagem das músicas do mundo até ao fado, com a cantora Cristina Clara.
Em Angra do Heroísmo, a 11 de setembro, realiza-se um concerto de entrada livre com o trio Pavel Gomziakov, Andreï Korobeinikov e Tatiana Samouil, em homenagem ao compositor russo Sergei Rachmaninoff e ainda um recital de piano de George Harliono, um dos pianistas mais importantes da sua geração, a 20 de setembro.
A cantora Sofia Escobar vai subir ao palco do Teatro Angrense a 21 de setembro com o espetáculo “Do West End à Broadway”, enquanto Gülsin Onay (17 de setembro) e Herman José (28 de setembro), com um espetáculo pleno de humor e música, são esperados no Faial. Já a pianista Luísa Tender atua no Pico no dia 20 de setembro, num recital que junta obras clássicas e contemporâneas.
São Jorge recebe, dia 21 de setembro, o concerto do maestro António Victorino de Almeida no Auditório Municipal de Velas e o guitarrista Bruno Chaveiro encerra o festival ao atuar na mais pequena ilha do arquipélago, o Corvo, a 19 de outubro.
Um festival que junta novas fusões e experiências diferentes através da arte e da cultura, permitindo novas perspetivas.
O FIA foi criado em 1984 pelo então diretor regional de Cultura, Jorge Forjaz, e pelo músico Adriano Jordão, tendo sido suspenso em 2002 e retomado em 2021 pela associação CulturXis, como apoio da fundação “La Caixa”, da Égide – Associação Portuguesa das Artes, do Governo Regional dos Açores e da Presidência da Républica.