Numa época de confinamento social, é fundamental que as estruturas que prestam apoio aos idosos continuem a assegurar não só a satisfação das suas principais necessidades, como também a promoção do seu bem-estar. Nesse sentido, a Fundação Gulbenkian vai atribuir 1,2 milhões de euros a organizações de todo o país, que estão próximas da população mais idosa.
A iniciativa Gulbenkian Cuida selecionou, em concurso, 69 organizações da sociedade civil para reforçar a sua capacidade de resposta em tempos de pandemia. Foram escolhidos projetos promovidos por diferentes tipos de organizações – desde IPSS a Associações, delegações locais de organizações nacionais como a Cruz Vermelha Portuguesa e a Cáritas –, mas todas elas têm experiência e conhecimento da realidade local e algumas encontram-se alicerçadas em parcerias locais, nomeadamente autarquias e unidades locais de saúde.
O tipo de apoio será igualmente diversificado, contemplando as componentes fundamentais de Serviço de Apoio ao Domicílio, mas também atividades como monitorização de indicadores de saúde, apoio psicológico, estimulação física e cognitiva ou teleassistência. Equipas especializadas, geralmente com múltiplas valências, prestarão apoio a pessoas idosas em situação de vulnerabilidade, isolamento social, geográfico e em situações de demência, através de serviços essenciais ao nível alimentar, de higiene pessoal e habitacional, tratamento de roupas, enfermagem, administração de medicação, cuidados de saúde, reabilitação, promoção da saúde mental, física, emocional, cognitiva, ocupacional e bem-estar, teleassistência ou combate ao isolamento através de novas tecnologias.
Entre as selecionadas, contam-se instituições com apoio a populações que vivem quer nas aldeias do interior quer nas áreas metropolitanas, estando garantida a representatividade de entidades que cobrem a totalidade dos distritos de Portugal Continental e ilhas.
O Gulbenkian Cuida vem reforçar a capacidade de resposta local, permitindo (através do reforço de recursos humanos, de ajudas técnicas e de materiais de proteção para a prestação deste tipo de serviços) alargar o número de pessoas abrangidas pelos serviços de apoio domiciliário e melhorar a qualidade dos serviços prestados.
Esta iniciativa insere-se no quadro do Fundo de Emergência Covid-19, um fundo de cinco milhões de euros criado pela Fundação Gulbenkian e aberto a outras entidades, com o intuito de reforçar a resiliência da sociedade portuguesa em tempos de pandemia. Este Fundo tem projetos de apoio nas áreas da Saúde, da Ciência, Sociedade Civil, Educação e Cultura.