Investigadores descobriram que o uso de sal em pó fininho e de ultrassom reduziu a quantidade de sódio em hambúrgueres para metade sem impactar a qualidade do produto.
Além de ecologicamente corretas, as tecnologias são de baixo custo e facilmente aplicáveis, permitindo a produção de um alimento mais saudável e atraente para o consumidor.
A análise da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo foi publicada na revista científica “Scientia Agricola”.
O objetivo da pesquisa foi reduzir o sódio mantendo as características dos hambúrgueres atualmente comercializados, incluindo a sua textura.
Para isso, foram comparadas dez combinações diferentes, com três concentrações de 0,75%, 1% e 1,5% de sódio em sal micronizado, uma espécie de sal em pó muito fino, e tempos de ultrassom, de cinco a dez minutos. Os hambúrgueres fabricados pela indústria têm como padrão a concentração de 2% a 1,5% de sódio e não usam ultrassom no processo de produção.
Uma pesquisa recente mostrou que as carnes ultraprocessadas representam 20 a 30% do consumo mundial diário de sódio.
Reduzir o teor do mineral em produtos como salames, mortadelas, hambúrgueres, seria de grande importância para a saúde pública.