“A sociedade portuguesa tem, neste momento, dificuldades económicas, dificuldades sociais, e os pedidos que chegam à liga são crescentes”, afirmou Vítor Veloso, realçando a importância do peditório, uma das principais fontes de financiamento da instituição.
Dados da LPCC indicam que, em 2023, a instituição disponibilizou mais de 1,5 milhões de euros para compra de medicamentos, próteses, transporte para consultas e tratamentos, e alimentação dos doentes mais carenciados, num total de 17.864 doentes.
“Como é evidente, nós só conseguimos dar voz e dar a resposta a estas situações se, efetivamente, tivermos um suporte económico adequado para que isso aconteça”, comentou Vítor Veloso.
O peditório vai contar com a ajuda de cerca de 20 mil voluntários que vão estar identificados a pedir junto de cemitérios, de igrejas, grandes superfícies, e também nas principais ruas e avenidas das cidades do país.
Vítor Veloso apelou para que “este peditório seja, mais uma vez, um meio da população portuguesa mostrar a sua generosidade e o apoio à Liga Portuguesa Contra o Cancro”, para que o apoio dado aos doentes, famílias e sobreviventes “seja contínuo e crescente” e a Liga possa continuar a realizar as suas atividades.
“Este é um esforço coletivo que nos une em torno de uma causa que toca a todos. Cada contribuição, por menor que seja, pode fazer uma diferença significativa na vida de quem enfrenta esta doença”, declarou.
Pediu também à população para que “trate bem” os voluntários que “dão bondade e horas da sua vida” para uma causa que “é extremamente importante”.
Vítor Veloso agradece a forma generosa como a população tem participado nos peditórios anteriores e renova o apelo à participação seja através das doações, do voluntariado ou promovendo o Peditório Nacional nas redes sociais.
No peditório realizado no final de 2023, a LPPC angariou 1.633.944 euros, mais 3% relativamente ao ano anterior.
Portugal mantém uma alta incidência de cancro, com mais de 69.000 novos diagnósticos registados em 2022, segundo o Global Cancer Observatory da Organização Mundial de Saúde.
O cancro permanece como uma das principais causas de morbilidade, incapacidade e mortalidade no país, afetando as várias dimensões da vida dos doentes, famílias e sociedade.
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Lusa/fim