Na madrugada de domingo, 27 de outubro, a hora de inverno está de regresso, quando soarem as 2h, os relógios marcarão 1h, com os portugueses a ganharem uma hora extra de sono. Já nos Açores, passa a ser meia-noite, quando o relógio marcar a 1h da madrugada do horário de verão.
O debate referente ao termo da mudança da hora na União Europeia (UE) continua sem fim à vista, apesar de a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu terem votado a favor da abolição da troca sazonal segundo a Reuters, pelo que os ponteiros deverão continuar a ter de ser mudados até outubro de 2021. Depois da mudança deste sábado, vai ter de voltar a mudar a hora do relógio a 29 de março de 2020, a 25 de outubro de 2020, a 28 de março e 31 de outubro de 2021.
Apesar de a medida ter sido proposta pela Comissão Europeia e, posteriormente, aprovada no Parlamento Europeu, ainda não se sabe se ou quando a mudança horária vai ser aplicada. Caso se verifique, Portugal teria de escolher entre a hora de inverno, de verão, ou a manutenção dos dois horários, que, segundo o jornal Público, é a opção defendida pelo atual Governo.
Mudança da hora pode ser problema
O economista João Duque referiu, à mesma publicação, que «estar constantemente a alterar a hora é muito problemático», pois o facto de diferentes regiões económicas terem horários díspares pode contribuir para a existência de «mais perturbações ao nível do movimento de pessoas, mercadorias, horários de transporte». O especialista acrescenta que «o mais grave são os desajustamentos» dentro da UE, pelo que o mais sensato seria uma alteração coordenada de todos os Estados-membros em bloco. Ideia partilhada, aliás, pela União Europeia, embora reconheça que a mudança horária é uma competência nacional.
Uma diretiva comunitária de 2000 regula o atual regime de mudança da hora, que vem sendo aplicado semestralmente desde 2001, a primeira no último domingo de Março e a segunda no último domingo de Outubro.