Mais casais portugueses estão a recorrer a serviços de apoio e aconselhamento matrimonial, indica a APP de serviços Fixando, que revela um crescimento de 96% em 2022 nos pedidos de Aconselhamento Matrimonial, face a 2021.
A análise da plataforma, a mais de 1600 pedidos, revela ainda que, em janeiro deste ano, se registou um aumento na procura de 430%, face ao mesmo período em 2022.
Na base destes números, a pandemia é apontada como um dos principais catalisadores que levou mais casais a recorrer a estes profissionais, segundo alguns psicólogos revelaram à Fixando.
“As alterações abruptas de rotinas, foram uma fonte de desequilíbrio para muitas famílias. No último ano esse aumento continua a verificar-se, na medida em que o paradigma mudou e a uma velocidade vertiginosa: o teletrabalho, as redes sociais e a incerteza relativamente a uma série de fatores que sempre assumimos como seguros e que vimos que não o são.” explica a psicóloga Helena Furtado.
De acordo com os pedidos recebidos pela Fixando em 2022, os motivos referidos por quem recorre a aconselhamento matrimonial são a resolução de conflitos (77%), restituição de confiança (59%), melhorar a comunicação (65%), maior intimidade e paixão (39%) e planeamento familiar (19%).
A Fixando revela também que cerca de 16% dos pedidos dizem respeito a um elemento do casal que recorre a estes serviços sem conhecimento do parceiro. Ainda assim, a maioria dos clientes (67%) são casais que procuram ajuda em conjunto.
Segundo Alice Nunes, diretora de novos negócios da Fixando, apesar da grande procura, 70% dos clientes conseguiram encontrar um especialista disponível e adequado a estas necessidades. Contudo, o número de especialistas inscritos nesta área aumentou apenas 29% em 2023.
Quanto ao custo destes serviços, o preço médio por sessão localizava-se nos 41€ no ano passado e, este ano, esse valor já se encontra nos 50€ por sessão. Valor este que não deverá impactar a procura por estes profissionais.
“Estimamos que, até ao final do ano, a procura por estes serviços aumente cerca de 107%, face ao ano passado”, revela a mesma responsável.