Há sete anos cientistas da Illumina, empresa de sequenciamento de ADN em San Diego, encontraram algo inesperado quando estavam a realizar um estudo procurando fragmentos de ADN no sangue de mulheres grávidas que pudessem sugerir anormalidades cromossômicas. Em 10 das amostras de sangue descobriram que, em vez de distúrbios cromossômicos, o teste mostrou anormalidades no ADN.
Uma investigação mais profunda revelou que um dos 10 participantes tinha recebido um diagnóstico de cancro, e outros nesse subgrupo também tinham cancro, apesar de não terem ainda qualquer sintoma.
Isso levou a Illumina a criar uma empresa spin-off em 2016, chamada GRAIL, que desenvolveu um novo exame de sangue chamado Galleri o qual tem como finalidade detectar os estágios iniciais do cancro antes que a pessoa apresente os sintomas.
Em estudos clínicos, uma versão anterior do Galleri mostrou a capacidade de detectar mais de 50 tipos de cancro através de uma única coleta de sangue.
Um estudo feito este ano com 6.600 participantes descobriu 29 sinais que foram seguidos de um diagnóstico de cancro. Outro estudo relatou uma taxa de falsos positivos de menos de 1 por cento.
No geral, o GRAIL inscreveu mais de 134 mil pessoas em ensaios clínicos do teste de sangue, o qual mostrou também onde o cancro está localizado.
“Quando um sinal de cancro é detectado nesses testes, ele também identifica onde o cancro está localizado no corpo com elevada precisão”, esclarece Joshua Ofman , diretor médico e chefe de relações externas do GRAIL, ao Healthline.